Nova Friburgo teve saldo positivo na geração de vagas em agosto

No acumulado do ano, o município perdeu 20% dos postos de trabalho, se comparado ao mesmo período do ano passado
quarta-feira, 04 de outubro de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Depois de fechar julho com saldo negativo na geração de empregos, puxado pela indústria, Nova Friburgo reverteu a situação em agosto, com mais admissões que demissões, e curiosamente, esse avanço ocorreu no mesmo setor, a indústria. O município teve 1.889 admissões e 1.728 desligamentos, com saldo positivo de 161 novas vagas de trabalho. Dessas, 106 são da indústria, resultado de 632 contratações e 526 desligamentos no oitavo mês do ano. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Governo Federal.

Na região Centro-Norte, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o setor industrial também registrou o maior número de vagas abertas, com novos 186 postos de trabalho. Desses, 109 foram do setor metal mecânico.

Depois da indústria, o setor que mais criou vagas de trabalho foi o da construção, com 28 novos postos, em Nova Friburgo. Foram 72 admissões e 44 demissões no setor. O comércio também fechou agosto com saldo positivo de 19 vagas. Já a agropecuária foi o único setor que fechou o mês com mais demissões (15 ) que admissões (5), resultando em menos dez postos de trabalho. E o setor de serviços, apesar ter aberto novas 18 vagas no mercado de trabalho, resultado de 551 admissões e 533 desligamentos, vem perdendo a força que tinha em 2022.

Em agosto do ano passado, o setor de serviços puxou a geração de empregos para os friburguenses, com a criação de 136 novos postos. No mesmo mês de 2022, todos os outros setores retraíram. O comércio, com menos 19 vagas no mercado, construção com fechamento de 12 postos de trabalho, a indústria com menos duas vagas e a agropecuária com menos uma. O resultado de agosto de 2022 foi a criação de 102 novos postos de trabalho, 59 a menos que em agosto desse ano.

Acumulado do ano

No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, Nova Friburgo abriu 662 novos postos de trabalho, 173 a menos que nos oito primeiros meses do ano passado, que acumulou 835 novos postos. A indústria, que no mesmo período de 2022, fechou 692 vagas, abriu novas 290 neste ano. Mas, para recuperar a retração entre janeiro e agosto de 2022, o setor teria que ter criado mais 402 novos postos de trabalho.

O setor de serviços é o segundo na criação de novos postos de trabalho nos oito primeiros meses do ano, com 287 novos postos, uma queda de 466% na geração de empregos registrada pelo setor em relação ao mesmo período de 2022, com mais 1.339 postos. A construção civil vem em seguida, registrando 150 novas vagas, 42 a mais que o número de janeiro a agosto de 2022.

Já o comércio acumula o encerramento de 59 postos de trabalho nos oito primeiros meses de 2023, enquanto no mesmo período do ano passado foi registrada a abertura de 81 novas vagas.

Queda nos investimentos dos pequenos negócios

O número de abertura de vagas menor que no mesmo período de 2022 pode ser reflexo de recente pesquisa divulgada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ), que mostrou que 53% dos pequenos negócios do estado não realizaram qualquer novo investimento nos últimos meses. Apenas 47% dos pequenos negócios apostaram em novas instalações, máquinas, equipamentos e informática e treinamento de sócios e empregados.

Com esse panorama apresentado na pesquisa, 53% seguem com dificuldades para manter o seu negócio, 21% aproveitaram as mudanças implementadas para melhorias na empresa, 16% estão otimistas com as oportunidades que estão surgindo e 9% acreditam que o pior já passou. 

“Empreender exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. A busca pela inovação, desenvolvimento empresarial, produtividade e acesso a novos mercados tem sido a solução para os donos de micro e pequenas empresas. É fundamental que os empreendedores planejem as suas ações. Por isso, precisam buscar capacitação e orientações para que os seus negócios continuem prosperando”, explica Antônio Kronemberger, gerente de Educação do Sebrae Rio. 

Cenário do Estado é positivo

De janeiro a agosto de 2023, o Estado do Rio de Janeiro já acumula 105.468 novos postos de trabalho com carteira assinada. Com saldo de 18.992 postos de trabalho formais gerados em agosto deste ano e um crescimento de 52,9% em relação ao mês anterior, o Estado do Rio avança na empregabilidade e se consolida na 2ª posição entre os estados brasileiros que mais geraram empregos com carteira assinada.

Mas a região Centro-Norte não está entre as que mais abriram vagas de trabalho no estado. Os destaques foram as regiões Metropolitana, Norte Fluminense e Baixadas Litorâneas. Os municípios que mais se destacaram foram o Rio de Janeiro, com 9.539 vagas, Macaé, com 1.064, e Araruama, que registrou 695 novos empregos. Nos primeiros oito meses do ano, o município do Rio de Janeiro também teve melhor saldo, com 40.734 novos postos de trabalho, seguido por Magé (7.782) e Macaé (6.558).

De acordo com dados da Gerência de Estudos Econômicos da Firjan,  setor industrial – que na federação contempla as indústrias de Transformação, Extrativa, Construção e os Serviços Industriais de Utilidade Pública – abriu  5.736 novos empregos com carteira assinada, em agosto deste ano. Esse também foi o melhor desempenho para o setor industrial em 2023, mas abaixo do nível de contratações observado em agosto do ano passado (+8.216). 

Além da Construção, com mais 3.234 vagas, que segue em destaque no estado, os principais contratantes foram: Coleta, Tratamento e Disposição de Resíduos (+377), Atividades de Apoio à Extração de Minerais (+356), Fabricação de Produtos de Metal (+277) e Fabricação de Produtos Alimentícios (+273).

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: