As entrevistas do Censo Demográfico 2022 finalmente foram concluídas e os primeiros dados já começam a ser compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda que muitos índices estejam passando por necessárias etapas de cruzamento e tratamento de informações, a chefia da agência regional do IBGE visitou a Secretaria Municipal da Casa Civil na última quinta-feira, 22, para apresentar em primeira mão alguns resultados preliminares da pesquisa.
A visita e o compartilhamento de informações refletem um longo processo de cooperação que teve início quando o atual secretário da Casa Civil, Pierre Moraes, ainda era vereador e esteve à frente da elaboração da lei que redefiniu e oficializou as delimitações de distritos, bairros e vilas de Nova Friburgo.
Primeiros dados
Por serem preliminares e ainda estarem sujeitos a ajustes finais, muitos dos parâmetros apresentados à Secretaria da Casa Civil só serão divulgados à população provavelmente nesta quarta-feira, 28, data marcada pelo IBGE para apresentar os primeiros resultados da pesquisa. Ainda assim, a reportagem de A VOZ DA SERRA apurou informações que dão uma boa dimensão a respeito das alterações vividas por Nova Friburgo entre 2010 e 2022, período que compreende, entre tantos acontecimentos relevantes, a tragédia climática de janeiro de 2011 e a própria pandemia de covid-19.
O total de domicílios no município, por exemplo, saltou de 79.070 em 2010 para 97.206 em 2022, um aumento de mais de 18 mil unidades, equivalente a 22,93%. Desse montante, o número de domicílios ocupados também subiu de 64.062 em 2010 para 76.602 em 2022, consolidando um aumento de 19,57%.
Ao todo foram recenseadas 181.373 pessoas em Nova Friburgo, mas este ainda não representa o número total da população, pois os recenseadores do IBGE não conseguiram realizar a entrevista em 3.706 domicílios. A fim de dar máxima precisão à contagem, o órgão irá cruzar diversas fontes de informação, e levará em consideração a própria Lei de Bairros, que permite, por exemplo, ter acesso à médias de moradores por domicílio em cada localidade, entre muitos outros indicadores que nortearão a elaboração de políticas públicas específicas para as carências e potencialidades de cada região ao longo da próxima década.
Entre as residências nas quais a entrevista foi realizada a média de moradores por domicílio caiu de 2,86 em 2010 para 2,48 em 2022, indicando não apenas uma menor taxa de natalidade e o progressivo envelhecimento de nossa população, mas também a perspectiva de que o quantitativo populacional que em breve será divulgado venha a ficar sensivelmente abaixo das estimativas iniciais.
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