Nova chance: fora dos 100m peito por um segundo, Jhennifer Alves busca vaga olímpica

Jhennifer não atingiu o índice olímpico durante prova realizada na última terça-feira, 20
quinta-feira, 22 de abril de 2021
por Vinicius Gastin
Por um segundo, Jhenny ficou fora da prova olímpica dos 100 metros peito
Por um segundo, Jhenny ficou fora da prova olímpica dos 100 metros peito

A primeira tentativa bateu na trave. Foi por pouco, mas nos 100 metros peito, a friburguense Jhennifer Alves não atingiu o índice olímpico no Complexo Maria Lenk, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante prova realizada na última terça-feira, 20. Atual recordista brasileira da prova, ela chegou a melhorar sua marca na primeira oportunidade, atingindo 1'07"35. Na segunda, entretanto, a nadadora marcou 1'08"08, um segundo a mais do que o índice olímpico, que é 1’07”07.

“Eu não sei explicar. Eu não estou nem cansada. Não sei o que aconteceu. Talvez uma braçada errada, mas estou muito preparada. Estou satisfeita com o tempo da manhã, disse para as meninas que a gente consegue sim, mas infelizmente não aconteceu'”, afirmou a nadadora de 23 anos, durante entrevista após a competição.

Apesar de não atingir o índice, Jhennifer foi a melhor no segundo dia da Seletiva de Natação para os Jogos Olímpicos de Tóquio e vai ter nova oportunidade ir para carimbar o seu passaporte. Nesta sexta-feira, 23, a nadadora friburguense terá a chance de fazer parte da equipe brasileira que vai tentar uma vaga nos revezamentos 4x100 medley feminino e misto. Basta conseguir baixar o índice nessa participação, e desta forma, a atleta de Nova Friburgo estará garantida nas Olimpíadas deste ano. Se a equipe conseguir o índice, Jhenny também conseguirá assegurar a classificação.

A Seletiva

A nadadora de Nova Friburgo participou da seletiva para as Olimpíadas de Tóquio no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, competição que definiu os representantes da natação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão). O evento contou com uma série de restrições, sendo limitado a somente 103 atletas que tenham alcançado o chamado índice "B" da Federação Internacional de Natação (Fina).

Visando diminuir os riscos do evento, a CBDA reduziu os participantes da seletiva a apenas aqueles com chances reais de estarem em Tóquio. Ou seja, os que já fizeram pelo menos o índice B da Federação Internacional de Natação (Fina), impondo também uma quota de 120 vagas. No fim, apenas 103 foram preenchidas. Só foi aberta exceção nas provas de 100m e 200m livre femininas, porque existe a possibilidade de classificação dos revezamentos - podem ir a Tóquio também atletas sem índice A.

Atletas com índice para a seletiva puderam nadar várias provas, não só aquelas nas quais se classificaram inicialmente. Mesmo assim, em diversas provas houve menos competidores do que de raias. O índice "B" é uma marca mínima determinada pela Fina para um nadador ter a possibilidade de ir aos Jogos. É mais exigente que o corte estabelecido anteriormente para participação na seletiva.

Nos primeiros dias de provas, pelo menos oito atletas conquistaram vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Guilherme Basseto, Guilherme Guido, Fernando Scheffer e Breno Correia superaram os índices e disputarão as respectivas provas individuais nas piscinas japonesas. Já classificado para a Olimpíada, o revezamento 4x200m masculino também foi definido e terá além de Breno e Fernando, Murilo Sartori e Luiz Altamir Melo.

Os seis atletas se juntam a Guilherme Costa e Felipe Lima, os únicos que nadaram abaixo dos índices impostos pela CBDA (Confederação Brasileira de Natação no primeiro dia da Seletiva.

Para estar na prova individual dos 100 metros peito nos Jogos de Tóquio, Jhennifer precisava alcançar 1min07s07 na seletiva olímpica. Os critérios de qualificação para Tóquio foram atualizados em fevereiro. Os dois primeiros colocados de cada prova - desde que atingissem, nas respectivas finais, o índice "A" (mais exigente) da Fina - se classificariam.

Jhennifer Alves quebrou marcas e recebeu premiações diversas nos últimos anos, à exemplo do prêmio de melhor atleta universitária feminina de 2019 pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A lembrança veio pela conquista da medalha de ouro na Universíade de Nápoles, em julho de 2019, na prova dos 50 metros peito. Na ocasião, se tornou a primeira nadadora brasileira a vencer uma prova em uma edição desse torneio, que é considerado a Olimpíada Universitária.

Jhennifer obteve outra marca importante durante a turnê pela Europa, quebrando o recorde sul-americano dos 100 metros peito feminino, que durava dez anos. No Troféu Sette Colli, ela alcançou a marca de 1min07s64. A antiga marca era 1min07s67, de Tatiane Sakemi.

 

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