O corpo de uma mulher, de 37 anos, foi encontrado na manhã desta segunda-feira, 14, numa estrada em Mury. Próximo ao corpo, que estava em um barranco, havia um veículo incendiado.
O corpo da vítima foi localizado na Estrada do Sítio Azul. “A vítima estava com perfurações no tórax, não sendo possível precisar de que, havia presença de sangue no local, e lesões no rosto e na cabeça que aparentavam ser de queimaduras”, disse a porta-voz do 11º BPM.
De acordo com informações passadas pelo batalhão, segundo informações colhidas no local, a vítima teria sido vista mais cedo em discussão com seu ex-companheiro, um homem de 45 anos. A ocorrência foi apresentada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Nova Friburgo (Deam-NF) onde seguirão as investigações.
“Importante destacar que o caso foi registrado como homicídio, não sendo possível, por enquanto, tratar como feminicídio, pois ainda não há confirmação de que o fato foi motivado pelo gênero da vítima”, acrescentou o informe da Polícia Militar.
Uma amiga da vítima revelou ao site G1 que ela estava solteira, criava a filha de 13 anos sozinha e morava próximo aos pais. “Era uma pessoa que corria atrás, tanto é que estava se preparando para cursar enfermagem. Ela atuava como cuidadora de idosos. Tirou a carteira de habilitação, comprou o carro, era uma guerreira”, contou a amiga.
Acusado foi capturado dentro do período de flagrante
O homem acusado de matar a ex-companheira foi preso na manhã desta terça-feira, 15, em Teresópolis. Ele foi localizado no Vale Alpino, interior do município, por volta das 6h20, próximo à casa de um dos filhos.
Segundo informações o acusado teria tentado suicídio, ingerindo veneno. Ele foi conduzido para a UPA de Teresópolis e, posteriormente, conduzido para a 110ª DP, onde está sendo feito o auto de flagrante. A prisão foi realizada pela Polícia Militar de Teresópolis. A Deam de Nova Friburgo deve formalizar ainda nesta terça-feira o pedido de prisão preventiva do acusado.
Tecle Mulher divulgou nota de repúdio
“São casos como estes, registrados pelas consequências da impunidade junto com a falta de políticas públicas eficazes que transformam Nova Friburgo no epicentro desses horríveis e violentos casos, com índices maiores do que a capital, Rio de Janeiro. Repudiamos toda e qualquer violência de gênero. Não vão continuar nos matando. Vamos à luta!”
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