Os chocólatras de plantão com certeza concordam com o significado de “elixir dos deuses” dado ao cacau pela lenda maia. Aparentemente, a história do chocolate começa com a descoberta do cacau na América do Sul.
Acredita-se que sua origem é proveniente da cultura asteca, quando era consumido em forma de bebida. Mas foram os maias que passaram a produzi-lo para fins de comercialização. O cacau tinha tanto valor para os povos da América Latina que era usado como moeda de troca. Os povos astecas e maias desenvolveram uma pasta, que era posteriormente dissolvida em água, de onde se obtinha uma bebida chamada Tchocolath. Essa bebida era cercada de simbologias religiosas e considerada indispensável em cerimônias e festas religiosas, desde nascimentos, a casamentos e funerais.
História
A chegada dos espanhóis ao México fez com que o produto fosse introduzido na Europa ainda no século 16. Logo, Suíça, França, Bélgica e Espanha, começaram a fabricar chocolate. A Suíça foi o país a sair na frente em questões de produção, e já na metade do século se tornou o primeiro produtor mundial. As invenções suíças foram determinantes para tornar o chocolate um dos produtos mais importantes para o mundo. Em 1876 o chocolate ao leite foi criado por Daniel Peter.
Seguindo as evoluções, em 1879 uma nova técnica foi desenvolvida: a "conchagem", que hoje é essencial à produção de um bom chocolate. Em 1930, o alemão Henri Nestlé, criou o leite condensado e o chocolate branco. De lá para cá, o produto foi conquistando paladares ao redor do planeta e ganhou até mesmo uma data mundial para ser celebrado: 7 de julho.
Consumo
Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) indicam que o consumo per capita de chocolate gira em torno de 2,6 quilos por ano, ainda tímido se comparado à Suíça, país que mais consome chocolate no mundo, com 8,5 quilo/ano por habitante.
Mesmo que brasileiros amem chocolate e tenham média de consumo anual em 2,6 quilos, os campeões mundiais estão bem à nossa frente, nos deixando com o quarto lugar. Na Suíça o índice chega a (8,5 quilos/ano) ficando com o primeiro lugar, a Áustria vem em segundo, com (8,2 quilos/ano) e Alemanha (7,9 quilos/ano) em terceiro.
Ainda segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), 75% da população consome chocolate e as mulheres são maioria (56%). Em média, o mercado fatura mais de R$ 13 bilhões anuais com a iguaria.
As caixas de bombons lideram a fabricação de produtos de chocolate em termos de toneladas produzidas. Em 2019, essa categoria de produto representou 22% do total das 559 mil toneladas de chocolate fabricadas, somando o achocolatado em pó, a produção total da indústria brasileira foi de 756 mil toneladas em 2019.
De acordo com o presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca, o Brasil tem um amplo potencial a explorar, por isso, as indústrias de chocolate investem para ampliar cada vez mais seu portifólio, de forma a atender as diversas necessidades e interesses do consumidor brasileiro.
Curiosidades
O fruto do cacau não tem gosto de chocolate. A poupa do cacau in natura não tem o gosto e o cheiro característicos do chocolate. O aroma começa a ser desenvolvido na etapa de secagem da amêndoa de cacau (a semente do fruto), ainda na fazenda e é acentuado no processo de torrefação, que tira a umidade da amêndoa, antes dela seguir para o processo de moagem. Somente já nas indústrias de chocolate, durante o processo de conchagem, é que seu sabor se consolida.
Chocolate branco tem cacau, sim. Durante o processo de moagem, realizado em sua maioria por indústrias processadoras de cacau, são obtidos da amêndoa dois subprodutos: a massa de cacau e a manteiga de cacau (gordura que é presente na amêndoa). Ou seja, a receita básica do chocolate branco é composta por manteiga de cacau, leite e açúcar. Apenas não há adição da massa de cacau, que dá a coloração e característica do chocolate preto, mas a presença da manteiga de cacau sinaliza a presença do fruto na composição dos ingredientes.
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