Há 11 milhões de mães solo no Brasil. Ao longo do tempo, as estruturas familiares vêm passando por transformações, passando a ser cada vez mais raro encontrar formações tradicionais com um chefe da família, um cônjuge e filhos. Percebe-se também um aumento na quantidade de casais sem filhos, unidades familiares com apenas uma pessoa e famílias encabeçadas por um único genitor, contendo filhos ou parentes.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, entre 2012 e 2022, o número de lares chefiados por mães solteiras aumentou em 17,8%, passando de 9,6 milhões para 11,3 milhões. Isso representa um acréscimo de 1,7 milhão de domicílios nesse contexto ao longo de uma década, segundo dados levantados pelo IBGE.
Em 2023, dentre os 2,5 milhões de nascidos no Brasil, 172,2 mil deles foram registrados sem o nome do pai, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Esses dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e obtidos através do Portal da Transparência do Registro Civil.
As famílias lideradas por uma mulher, com filhos, constituíram aproximadamente 14,7% dos arranjos familiares — uma proporção muito mais elevada do que aquelas chefiadas por um único genitor masculino, as quais representavam apenas 2,3% em 2022.
Diante dessa realidade brasileira, nos cabe entender um pouco mais sobre essa organização familiar denominada “família monoparental”, formada por um “genitor monoparental”. E o que é genitor monoparental? É quando apenas um dos pais/mães assume integralmente a responsabilidade pela criação e orientação dos filhos.
Essa jornada solitária frequentemente surge de circunstâncias como viuvez, separação legal, divórcio, adoção unilateral, negação da filiação pelo outro progenitor, ou mesmo pela escolha de constituir uma família de maneira independente.
Apesar da terminologia parecer pouco convencional, a realidade é que essa dinâmica é bastante comum em nossa sociedade. De fato, estamos familiarizados com os conceitos de mãe ou pai solo, já que essas histórias ecoam amplamente em nossas experiências pessoais e comunitárias.
Por isso e muito mais, MAIO é um mês especial, singular, e por outro lado, plural. Porque é dedicado não só às Mães, mas também à Família e à Adoção. E a estes temas a edição deste Z se dedica. Boa leitura e bom fim de semana!
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