Gutenberg e a invenção da imprensa

sexta-feira, 05 de fevereiro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Gutenberg e a invenção da imprensa

O alemão Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes Gutenberg, foi o primeiro a usar a prensa e os tipos móveis de metal, inventos que revolucionaram a técnica de impressão. Nascido em Mainz, Alemanha, numa família de cristãos católicos, em data não confirmada — entre 1396 e 1400, poucos anos após seu nascimento a família mudou-se para Estrasburgo, onde Gutenberg viveu por mais de vinte anos.

Em 1434 já era conhecido como um homem de grande habilidade mecânica, proprietário de uma oficina onde ensinava vários ofícios, entre eles o de talhador de pedra, cortador e polidor de espelhos, ourives etc.

Antes de Gutenberg, a impressão de imagens era feita através de carimbos e blocos de madeira que mal permitia produzir textos. Sabe-se, que essa técnica foi usada pelo holandês Laurens Janszoon Closter, e que era antiga no Extremo Oriente.

Primeira tipografia

Em 1438, Gutenberg associou-se a Andreas Dritzehene para a construção de um misterioso invento. Depois de formada a sociedade, Dritzehene faleceu e Gutenberg se viu envolvido em um problema jurídico.

Os irmãos do falecido entraram com uma ação para rever parte do dinheiro investido. A opção sugerida por eles era o inventor aceitá-los como sócios, mas a justiça deu ganho de causa a Gutenberg. Mesmo assim a empresa encerrou as atividades. As peças que restaram do processo revelou que eles construíram uma prensa e trabalharam com formas e tipos.

Em 1448, Gutenberg voltou para Mainz, disposto a recomeçar sua carreira de impressor. Conheceu Johann Fust, um rico joalheiro, que lhe financiou o projeto de uma nova oficina. Essa sociedade foi dissolvida alguns anos mais tarde e Fust moveu uma ação contra Gutenberg, exigindo a devolução do capital e juros. Como este não tinha como devolver prontamente a alta soma devida, Fust apoderou-se de todo o equipamento da oficina. Corria o ano de 1455.

Primeira impressão com tipos móveis

Como o inventor não tinha o hábito de datar e assinar seus trabalhos pouco se sabe sobre o que foi impresso nesse período. Conta-se que alguns fragmentos de um poema e de um calendário astronômico tenham sido impressos.

Segundo astrônomos, o calendário refere-se ao ano de 1448 e foi impresso com tipos móveis, criados por Gutenberg. Admitida como certa a conclusão dos cientistas, deduz-se que a tipografia com caracteres ou tipos móveis foi usada pela primeira vez entre 1439 e 1447.

Impressão da Bíblia

Gutenberg prosseguiu com sua atividade tipográfica, embora com uma oficina menor. A nova tarefa dele era imprimir uma Bíblia, mas após as primeiras páginas surgem as dificuldades – era necessário reduzir os custos de produção.

Decidido a economizar papel, ele passa a usar duas colunas de 42 linhas, por página, em vez de 40, como no começo. Com toda a economia, a Bíblia de Gutenberg – o primeiro livro impresso no Ocidente, com tipos móveis, escrita em latim, resultou em um volume de 1.282 páginas.

Decidido a fazer um volume mais fino, Gutenberg e seu sócio resolvem dividir a Bíblia em dois volumes, decisão compensada, pois tudo foi vendido. Hoje, uma destas Bíblias está na Biblioteca Nacional de Paris, e a outra, na New York Public Library.

Enquanto trabalhava na impressão da Bíblia, imprimiu outras obras, entre elas, a “Carta de Indulgência” (1451). Gutenberg teve o mérito de ter criado e introduzido na Europa o primeiro sistema de impressão de tipos móveis de metal (chumbo e estanho).

A tipografia que inventou permaneceu inalterada até o século XX. Em 1465, conseguiu a proteção da corte de Mainz, do conde Adolfo de Nassau, que o nomeou membro vitalício de sua corte, recebendo uma pensão para seu sustento, cargo que pouco aproveitou, tendo morrido três anos depois. Johannes Gutenberg faleceu em Mainz, Alemanha, no ano de 1468.

A invenção da imprensa e o profissional da gráfica

Embora a informática atue no sentido de tornar digital tudo o que era antes apenas impresso, o papel das gráficas e de seus profissionais continua relevante. O gráfico, ou profissional gráfico, é responsável pela operacionalização de máquinas copiadoras e impressoras, um cargo de vital importância na era atual da sociedade da informação, em que a difusão de dados, publicidades, informações e notícias ocorre cada vez mais rapidamente. 

Também registrado como o Dia Nacional do Profissional Gráfico, a data foi criada em 7 e fevereiro de 1923, em razão de uma greve ocorrida na época entre os profissionais gráficos, que reivindicavam melhores condições de trabalho e salários mais justos. O impacto e o consequente êxito da greve foram tão notáveis que se criou, então, um dia do ano para homenagear esse importante trabalhador e sua categoria.

Afinal, é ele, o gráfico, o profissional que trabalha com a impressão de materiais de vários tipos, como revistas, jornais, livros, panfletos publicitários, cartazes, notas fiscais, etiquetas, convites, ou banners que, se forem impressos, passam pelas suas habilidades e criatividade.

A invenção da imprensa pelo alemão Johann Gutenberg, no século XV, foi um dos acontecimentos que mudaram a história da leitura e da circulação de ideias em escala mundial. Quando se estuda o período do Renascimento, geralmente se destaca o advento de algumas invenções, tais como o telescópio e o relógio de precisão. 

O nome imprensa remete, nos dias atuais, quase que automaticamente às instituições de divulgação de notícias e opiniões sobre fatos cotidianos, isto é, aos jornais e revistas especializados, sejam diários, semanários ou mensários. Esse nome, entretanto, designa, originariamente, um tipo de dispositivo técnico capaz de reproduzir palavras, frases, textos ou mesmo livros inteiros através de caracteres ou tipos móveis. Esse equipamento foi inventado por Gutenberg, na década de 1430.

Durante milênios a escrita restringia-se a modos de réplica muito limitados, como as tabuinhas com escrita cuneiforme dos povos sumérios, os papiros egípcios, os ideogramas chineses, entre outras variadas formas de reprodução, cujo acesso era restrito a pequenos grupos de pessoas, geralmente escribas. 

Apenas com a invenção de Gutenberg a propagação de livros, como a Bíblia – o primeiro dos livros inteiros publicados pela técnica da imprensa –, passou a ficar intensa. Isso se dava, fundamentalmente, em razão da facilidade que havia na reprodução dos textos. 

Não era necessário copiar à mão palava por palavra como se fazia até então. Fazia-se um molde com os caracteres móveis e, a partir dele, imprimiam-se quantas cópias o estoque de tinta à base de óleo suportasse. O nome que passou a ser dado ao conjunto de papéis impressos em caracteres móveis foi códice, do latim codex.

Como já mencionado, o primeiro livro impresso foi a Bíblia, em idioma vernáculo (em alemão). Esse fato foi de fundamental importância para a Reforma Protestante, que se desenrolou no século XVI: até então a Bíblia era lida em latim e sua circulação não era tão grande tal como passaria a ser a partir da invenção da imprensa.

O historiador francês Roger Chartier, um dos grandes estudiosos da história do livro e da leitura, destacou que a invenção de Gutenberg foi tão revolucionária que só pode ser comparada à invenção do computador e da reprodução digital da escrita.

(Fonte: brasilescola.uol.com.br)

 

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