O preço médio do GLP (gás liquefeito de petróleo) ou gás de cozinha da Petrobras vai ficar em média 6% mais caro a partir desta segunda-feira, 6. Este será o sexto aumento do produto neste ano e deve chegar ao consumidor ainda nesta primeira quinzena do mês. Com isso, o valor do gás passará para R$ 3,60 o quilo, um aumento médio de R$ 0,20. Na última segunda-feira, 30 de agosto, a estatal também reajustou os valores da gasolina (+ 6%) e do óleo diesel (+ 3,7%).
O gás de cozinha já quase dobrou de preço desde 2019 com a mudança na política de reajustes da Petrobras. O valor médio do botijão de 13 quilos é agora R$ 88,91 para as distribuidoras, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) apurado na semana passada. O preço varia, dependendo da região do país, de R$ 64,99 a R$ 125. Nova Friburgo possui o maior preço médio do botijão, para o consumidor, da Região Serrana do Rio: R$ 110 com entrega em domicílio.
Vale ressaltar que o GLP já havia sido reajustado em 6%, em junho passado. A Petrobras, em nota, reafirmou a sua política de paridade de importação e de evitar "o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais". Com isso, o novo preço médio para o botijão de 13 quilos nas refinarias passa a ser de R$ 46,80. A esse valor, porém, é adicionada a fatia da distribuição e revenda (35,6%) e impostos estaduais (ICMS), de cerca de 14%, depois de o Governo Federal ter zerado os impostos federais (PIS/Cofins) que representavam menos de 1% do preço na refinaria.
De acordo com dados do FGV Ibre (Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas), o gás de cozinha compromete 1% da renda familiar dos brasileiros. A tendência, com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e o reaquecimento da economia no mundo inteiro, é o petróleo continuar em alta, impactando ainda mais o preço do produto.
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