Com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) defendeu em evento na capital fluminense, na última quinta-feira, 25, Dia da Indústria, ações efetivas para o aumento da produtividade da indústria nacional. Conforme ressaltou o presidente da entidade, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, a Firjan elaborou a agenda “Propostas Firjan para um Brasil 4.0”, que se for adotada pelos governos federal e estadual haverá, nos próximos cinco anos, um incremento expressivo da produtividade nacional, gerando forte crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“A produtividade brasileira está estagnada há 40 anos. O nosso foco é o aumento da produtividade da nossa indústria, imprescindível para a retomada da economia nos próximos anos. Para isso, precisamos adequar o nosso arcabouço legal e regulatório do país”, acrescentou Eduardo Eugenio.
Luiz Césio Caetano, 1º vice-presidente da Firjan, apresentou a agenda “Propostas Firjan para um Brasil 4.0”, com 62 ações para o Governo Federal e 41, para o Governo do Estado do Rio de Janeiro. A agenda foi formulada a partir da consulta aos 23 conselhos empresariais temáticos e regionais, ouvindo mais de 600 empresários fluminenses. Segundo o estudo, os fatores que influenciam diretamente a produtividade de uma economia compreendem o ambiente de negócios, a infraestrutura, o capital humano e a eficiência de estado.
“Destaco, em particular, a necessidade de modernização da legislação trabalhista. O Brasil não apenas precisa preservar os avanços alcançados com a reforma trabalhista de 2017, mas também promover nova atualização. A legislação precisa incorporar os novos parâmetros econômicos, tecnológicos e sociais, oferecendo segurança jurídica para trabalhadores e empresas. Precisamos de uma Reforma Trabalhista 2.0”, ressaltou Caetano.
Já o ministro Luiz Marinho defendeu o uso dos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) prioritariamente a proteção do emprego, por meio do seguro-desemprego, e à qualificação profissional dos jovens, reforçando o ensino médio profissionalizante e integral. Ele também disse ser importante o uso das novas tecnologias no trabalho, mas com equilíbrio e a serviço da sociedade.
Futuro do Trabalho
Luiz Carlos Renaux, presidente do Conselho Empresarial Trabalhista e Sindical da Firjan, abriu o evento citando os avanços, cenários e possibilidades do trabalho na indústria no mundo atual. "O presente e o futuro parecem não ter mais fronteiras. O que pretendemos é oferecer discussão de alto nível a partir de cenários possíveis que afetarão o mundo, os consumidores e nossas indústrias, como o uso da Inteligência Artificial (IA)". Para mostrar os avanços da IA, Renaux conversou com o ChatGPT sobre as tendências do futuro do trabalho.
Já no primeiro painel, o “Futuro do Trabalho – Visões e estratégias empresariais” foi apresentado pela coordenadora do Lab de Tendências da Casa Firjan, Carol Fernandes, que destacou os desafios da indústria e da sociedade diante do avanço da Inteligência Artificial. “Alguns setores ainda encontram muitos desafios para a incorporação de robôs e de tecnologias por causa da necessidade de mão de obra especializada, aplicação ao tipo de produto com o qual trabalham, além da dificuldade de acesso a novas tecnologias. Porém, a automação de processos e a robotização se tornarão cada vez mais comuns em empresas de diferentes setores, contribuindo para a redução de custos operacionais e para o aumento da produtividade como um todo”, acrescentou a especialista.
Também participaram da solenidade, o 2º vice-presidente da Firjan, Carlos Erane de Aguiar; o 1º vice-presidente da Firjan Cirj (Centro Industrial do Rio de Janeiro), Carlos Fernando Gross; e o 2º vice-presidente da Firjan Cirj, Raul Sanson; além de cerca de 250 empresários de todos os setores industriais fluminenses.
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