Mesmo com o momento de contenção de despesas e incertezas diante do cenário de pandemia, a Fina (Federação Internacional de Natação) anunciou um pacote de financiamento de mais de US$ 6 milhões (cerca de R$ 31 milhões) para atletas que deverão competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados para o ano que vem.
Ao todo são três programas integrantes do plano de apoio, destinado a 160 federações nacionais para ajudar com treinamento, competição e custo de vida durante a crise da Covid-19. Cerca de US$ 2 milhões (mais de R$ 10 milhões) serão pagos aos atletas que participam do Programa de Bolsas de Estudo da Fina.
“O objetivo principal é fornecer assistência direta aos atletas que se preparam para competir em Tóquio. A Fina reconhece a importância do apoio a todos os atletas, incluindo atletas de elite com perspectiva de medalha, além de atletas menos experientes de países em desenvolvimento que tentam atingir os padrões de qualificação olímpica. E deposita grande confiança nas Federações Nacionais e nas Organizações Continentais para desenvolver soluções criativas e eficazes para os atletas que competirão em Tóquio. Desenvolvemos um processo simples e direto para os atletas receberem financiamento e sabemos que esse nível sem precedentes de apoio financeiro permitirá que os atletas aquáticos alcancem todo o seu potencial” explicou o uruguaio Júlio Maglione, presidente da Fina.
Em maio, a Fina adiou o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2021 em Fukuoka, no Japão, para 2022, para evitar um confronto direto com os Jogos Olímpicos de Tóquio. Sobre as competições em solo japonês, o Comitê Olímpico Internacional afasta a ideia de ter apenas residentes do Japão nas arquibancadas dos Jogos. Em entrevista à agência Kyodo News, o dirigente Dick Pound afirmou que a ideia vai contra o espírito cosmopolita do evento.
“Acho que serão as Olimpíadas no sentido em que as entendermos. Não sabemos quais serão as restrições de viagem (em 2021), se existem alguns países que podem não ter permissão para viajar ou entrar no Japão. Isso precisa ser decidido com base na avaliação científica do risco, país a país”, disse o advogado canadense.
Atualmente, o Japão recusa a entrada de pessoas que não sejam japonesas e que estiveram em vários países do mundo nos últimos 14 dias, incluindo Brasil, Estados Unidos, China e países europeus, exceto em circunstâncias especiais.
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