Estrada Tere-Fri: em dois meses, somente um quilômetro recuperado

Obras não avançam por problemas de drenagem em Duas Pedras
quinta-feira, 06 de abril de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Fotos: Henrique Pinheiro)
(Fotos: Henrique Pinheiro)

As intervenções na rodovia RJ-130 (Teresópolis-Nova Friburgo),  começaram no final de dezembro de 2021 e tinha previsão de término em um ano, mas estão atrasadas. A previsão do Governo do Estado do Rio de Janeiro, agora, é de finalizar a recuperação total da estrada até junho. Porém, desde fevereiro, a empreiteira responsável pela execução do serviço avançou apenas um quilômetro nas obras. Na ocasião, o Governo do Estado informou que haviam sido recuperados 59 quilômetros no trecho entre o entroncamento com a BR-116 (Rio-Bahia) e o quilômetro 59, em Nova Friburgo, na altura de Córrego Dantas. Agora, o Estado informou que, na verdade a recuperação ocorreu ao longo de 60 quilômetros e que está sendo realizada a sinalização horizontal da rodovia que tem ao todo 68 quilômetros de extensão.

De acordo com o coordenador da Região Serrana da Secretaria estadual de Infraestrutura e Cidades, Nami Nacif, o que está impedindo o avanço da obra é a falta de conclusão do sistema de drenagem do trecho em frente ao Hospital São Lucas, no bairro Duas Pedras. “Semana que vem vou participar de reuniões no Rio para saber como está esse projeto de drenagem”, disse Nami, assegurando que a obra será finalizada, “com certeza”.

Reivindicação antiga        

A obra de recuperação da RJ-130 é um sonho antigo, tanto dos motoristas, como dos empresários do setor hoteleiro e dos caminhoneiros que utilizam a estrada para escoar a produção de hortifrutigranjeiros do eixo Teresópolis-Friburgo, responsável pelo abastecimento de grande parte do mercado fluminense. Além das lavouras, às margens da Tere-Fri concentram-se hotéis-fazenda e inúmeras atrações turísticas, como a Queijaria-Escola, apiário e uma fábrica de cosméticos a base de leite de cabra. A obra de recuperação da rodovia, executada pelo Governo do Estado  está orçada em R$ 63 milhões. 

A principal queixa dos motoristas é quanto a necessidade urgente de nova pavimentação. Um dos trechos mais críticos é na altura do bairro Duas Pedras, no final da rodovia, onde ondulações na pista aumentam o risco de acidentes. Naquele trecho, buracos e escavações nos acostamentos causadas por enxurradas obrigam motoristas desavisados a terem que fazer manobras arriscadas e até mesmo invadir a contramão em alguns trechos para livrar-se das crateras. 

Na RJ-116, perigo com estacionamento irregular em mirante

Inaugurado na semana passada, o Mirante na Serra dos Três Picos, na altura do quilômetro 63 da RJ-116, em Cachoeiras de Macacu, tem atraído muitos viajantes a observar as belezas do alto da serra. Mas, o comportamento de alguns motoristas vem causando riscos de acidentes para quem trafega na rodovia. Muitos estão estacionando em locais irregulares, avançando na pista e em trechos de curva, que dificultam a visibilidade de quem está passando pelo local.

A concessionária Rota 116, que administra o trecho privatizado da rodovia, informou que está alertando os motoristas a observarem as regras de estacionamento e não pararem em fila dupla e muito menos, no acostamento do sentido sul. De acordo com a concessionária, a desobediência às regras são passíveis de multa por parte do Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual e até mesmo o reboque do veículo infrator. O estacionamento em fila dupla e no lado oposto vem sendo observado desde o dia 30 de março, quando o mirante foi inaugurado.

O atrativo turístico mirante foi construído pelo Governo do Estado e Instituto Estadual do Ambiente (Inea), após iniciativa da Prefeitura de Cachoeiras de Macacu, através da Fundação Macatur. Ele está localizado a 950 metros de altitude e permite uma visão num ângulo de 180 graus de parte do Parque Estadual dos Três Picos, da Apa Macacu, do Vale do Rio Macacu, da Baía de Guanabara e, em dias sem nebulosidade, parte do Maciço da Tijuca, na capital fluminense, incluindo o Corcovado, Pão-de-Açúcar e a Pedra da Gávea, numa visão deslumbrante de toda a exuberância da floresta carioca, uma das mais importantes Reservas da Biosfera no mundo. 

Foto da galeria
Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: