Fim da colheita do feijão, chuvas no final da safra da batata e aumento da demanda por arroz agulhinha neste período de instabilidade climática são as razões apontadas pelo consultor econômico da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Willian Figueiredo, para a alta recente nos preços de itens básicos na alimentação dos brasileiros, como arroz e o feijão, além de legumes bastante procurados como a batata inglesa e a cenoura. Nos supermercados, feiras livres e hortifrutis de Nova Friburgo, esses itens dispararam nos últimos dias. O pacote de arroz agulhinha, com cinco quilos, varia de R$ 28,99 a mais de R$ 40. Já o quilo do feijão preto não sai por menos de R$ 6,99 e pode passar de R$ 10 em alguns estabelecimentos. A batata varia de R$ 5,99 a R$ 8,99, o quilo, em média. Já o quilo da cenoura pulou para R$ 7,99 podendo chegar a R$ 9,99.
Em dezembro, segundo o levantamento da Asserj, o preço da cesta básica fluminense aumentou 1,4% com relação a novembro. Foi o terceiro mês consecutivo de inflação na cesta básica no estado. Na média brasileira, os preços também cresceram 1,5% em dezembro. Com isso, a cesta básica do Estado do Rio, que atualmente custa R$ 738,61, continuou a ser a quarta mais cara do Brasil.
Por outro lado, o leite integral manteve estabilidade de preços e hoje pode ser encontrado nos supermercados de Nova Friburgo entre R$ 3,65 e R$ 5,89, a caixinha longa vida com um litro. Já o óleo de soja que em novembro era encontrado por R$ 4,79 a R$ 4,99, em média. a garrafa com 900 ml, pulou para R$ 5,99, no mínimo podendo chegar a R$ 7,99, obrigando o consumidor a ter que pesquisar bastante na hora de fazer as compras de alimentos para casa.
Deflação
Apesar dos recentes aumentos, o valor do conjunto dos alimentos básicos acumulou deflação de - 1,9% ao longo de 2023 no Estado do Rio de Janeiro, segundo o levantamento da Asserj, assim como na média nacional, que foi de - 3,1%. “Um alívio no bolso da parcela mais carente da população, que gasta a maior parte de sua renda no consumo de alimentos”, destaca Willian Figueiredo, lembrando que em 2022 a cesta básica fluminense teve aumento de preços (+13%).
O crescimento da produção de carne, associada à queda das exportações para a China, proporcionou uma baixa nos preços, assim como a colheita recorde, no Brasil e no mundo, de soja e trigo para farinha. O leite integral, com produção interna e importação de derivados em alta, também contribuiu para a deflação no conjunto de alimentos, aponta o levantamento.
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