Especialista em comportamento

Fabiana Guntovitch diz que excesso de telas e automedicação podem piorar os sintomas
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)
Para a psicanalista e especialista em neurociência Fabiana Guntovitch, a ansiedade é uma reação natural a todos nós em alguma medida e reflete o ritmo acelerado e os desafios da vida moderna. 

A ansiedade é uma emoção natural, mas pode se tornar prejudicial em situações extremas
“A ansiedade, apesar de estar normalizada na nossa sociedade, pode impactar negativamente na capacidade de reflexão, interação, decisão e relacionamentos, em todas as áreas da vida. A ansiedade está diretamente relacionada à gestão das emoções e à forma como significamos a vida, os outros e a nos mesmos”, afirma.

Fabiana também aponta o excesso de telas e a constante exposição ao mundo virtual como fatores que agravam a ansiedade. “O excesso de telas e de experiências no mundo virtual é um componente ansioso, que impacta o sistema de alerta do cérebro, especialmente quando repetidamente conectado com notícias e conteúdos negativos e alarmantes.

Segundo a especialista, a ansiedade é uma emoção natural, mas que pode se tornar prejudicial em situações extremas. “A ansiedade é uma reação normal do ser humano. Todo mundo, em algum grau, sente ansiedade. Isso passa a ser um problema quando a frequência e a intensidade dessa emoção estão muito altas, a ponto de prejudicar”, diz ela, que alerta para os riscos da automedicação, prática adotada pela maior parte das pessoas.

“Quando você toma medicação sem indicação médica, o que você está fazendo é anestesiar ou anular uma reação do seu corpo, a algo que está sendo significado como alarmante, ainda que não seja para tanto”, explica. Fabiana reforça a importância de buscar ajuda profissional quando os sintomas ansiosos se tornam frequentes. 

“A gente deve procurar ajuda quando a gente percebe que os sintomas ansiosos como dificuldade de dormir, de se acalmar e a sensação de aperto no peito ou na garganta se tornam constantes. Ninguém é feliz o tempo todo, mas é preciso conseguir sentir paz interior na maior parte do tempo e nesse sentido, estar atento à percepção das situações, por exemplo, se estão exageradamente negativas ou catastróficas. Se você se identificar, é hora de procurar ajuda de um profissional”, recomenda. 

Ela lembra que o ser humano reage de maneiras diferentes diante de ameaças importantes, “mas quando ficamos em estado de alerta de forma crônica e não pontual, o nível de ansiedade se eleva consideravelmente e impacta negativamente três importantes questões: a saúde física, a saúde mental, e os relacionamentos”, alerta a psicanalista.

 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: