Segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Dia dos Namorados, comemorado no próximo sábado, 12, deve movimentar R$ 1,8 bilhão em vendas no varejo do Brasil, um crescimento de 29,4% em relação ao ano passado, e 4% menor do que em 2019. O estudo mostra que o setor de vestuário, calçados e acessórios deve ser o principal segmento para o comércio nesta data, com movimentação estimada em R$ 797 milhões, tendo em seguida os segmentos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 291,8 milhões).
Às vésperas do Dia dos Namorados de 2020, o Brasil ainda estava assustado com o início da pandemia da Covid-19 e o comércio não estava preparado para estratégias de vendas com distanciamento social, pontos que foram acelerados de um ano para cá, como afirma o economista e professor da universidade Estácio de Sá, José Valmir Pedro. "O comércio como um todo já entende hoje que a internet é uma aliada fundamental e que os consumidores têm as lojas no bolso, dentro do seu celular. Quem ainda não estiver inserido neste contexto, estará morto e não terá condições de trabalhar", observa.
O professor sugere ainda que os lojistas abusem do viés digital nesta semana para alavancarem suas vendas. "Usar bastante as redes sociais é extremamente importante no mundo digital em que vivemos hoje e vale a pena investir, por exemplo, em espaços patrocinados nas redes sociais em datas importantes para o comércio, seja para promover sua loja como um todo ou apenas alguns produtos ou serviços específicos daquela data comemorativa. Anúncios de internet têm um excelente alcance", diz o professor.
Além disso, criar condições de pagamento e parcelamento especiais e oferecer brindes são boas táticas, acrescenta o economista. "Vale também a criatividade para estimular os consumidores a comprarem: por exemplo, vendendo produtos fora do seu cotidiano para aquela data especial, ou uma promoção em que ele compre dois produtos e o segundo saia com 50% de desconto. E, claro, atender bem o cliente e conceder benefícios a ele, pois hoje todo consumidor quer ser beneficiado com algo", destaca.
Em tempos de recessão econômica, muitos consumidores pretendem economizar na compra do presente e o professor José Valmir avalia que é possível seguir algumas dicas básicas, como: comprar com antecedência é uma boa ideia, mas para quem não conseguiu, a dica é pesquisar. Além disso, estipule um valor que caiba no seu bolso e procure um presente baseado nisso. Perfumes, por exemplo, em relação a preços, há ótimas opções. Os clássicos flores e bombons cabem em todos os bolsos e, no momento em que a renda da maioria de nós diminuiu, o importante é o amor, a lembrança e a presença do(a) parceiro(a)".
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