Segundo informações obtidas pela redação de A VOZ DA SERRA, um homem, de 60 anos, morreu — possivelmente — vítima de dengue hemorrágica no Hospital São Lucas, no último fim de semana. O jornal entrou em contato com o Hospital São Lucas e com a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, mas não obteve resposta de nenhum dos dois.
O hospital se recusou a comentar o caso. Já a prefeitura esclareceu que “o óbito ainda está em investigação pelo Estado, sem confirmar se ocorreu em decorrência de dengue.”
De acordo com o mais recente boletim emitido pela Prefeitura de Nova Friburgo nesta terça-feira, 12, o município tem, até agora, 1.189 casos de dengue notificados — sendo 591 positivos e 598 negativos. Os dados são do Sinan/net (base local) e estão sujeitos à revisão.
Dengue hemorrágica: a forma mais perigosa da doença
A dengue hemorrágica é a forma mais grave da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, uma em cada 20 pessoas que contraem a doença podem desenvolver sintomas graves. Quando não identificada rapidamente e tratada, pode levar ao óbito.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o segundo país da América Latina com o maior número de casos de dengue hemorrágica. Ainda de acordo com a entidade, os países latino-americanos são os mais afetados pela forma grave da doença, sendo uma das principais causas de hospitalização e morte entre crianças e adultos.
Todas as faixas etárias estão suscetíveis à dengue hemorrágica, mas o risco pode ser maior em pessoas mais velhas ou que possuem comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial. Além disso, as chances de desenvolver o quadro grave da doença é maior na segunda infecção.
A reinfecção pelo vírus da dengue é possível porque existem quatro variantes: o DENV-1 (vírus dengue-1), o DENV-2, o DENV-3 e o DENV-4. O período de maior circulação do vírus e seus subtipos é nas estações mais chuvosas, como primavera e verão. Por isso, é fundamental evitar o acúmulo de água parada para impedir que o mosquito transmissor coloque ali seus ovos e, consequentemente, dissemine a doença.
Sintomas
Os sintomas iniciais da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue clássica e incluem a febre alta, manchas vermelhas no corpo, dor muscular e nas articulações e dor ao redor dos olhos. No entanto, a partir do terceiro dia de sintoma, o paciente pode entrar na fase crítica da doença. É nesse momento que os sintomas graves de dengue podem se manifestar, indicando um sinal de alerta. É o caso de:
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Dor abdominal intensa;
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Sangramento nas gengivas ou no nariz;
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Fadiga;
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Presença de sangue nas fezes;
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Hipotensão postural (queda na pressão arterial após levantar);
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Vômitos persistentes;
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Hepatomegalia (aumento do fígado);
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Dificuldade respiratória;
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Letargia.
Ao notar um ou mais desses sintomas, é fundamental buscar atendimento médico para iniciar o tratamento adequado. Isso porque esses são sinais de extravasamento plasmático, quadro que pode levar ao choque e ao óbito.
Locais de testagem
A Secretaria Municipal de Saúde está disponibilizando testes gratuitos de detecção da doença no Hospital Raul Sertã com atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana. Os exames são feitos independentemente do período de aparecimento dos sintomas.
Também são realizados testes de dengue na Unidade Pronto Atendimento (UPA), no distrito de Conselheiro Paulino. Lá o atendimento também é 24 horas, todos os dias da semana. Mas, devido ao tipo de exame realizado no local, para garantir a eficácia do resultado, os sintomas devem estar presentes entre três e cinco dias.
Denuncie focos
Para fazer pedidos de vistoria ou denúncia de possíveis focos do mosquito, basta procurar a sede da Vigilância Ambiental em Saúde, localizada na Rua Augusto Cardoso, 62, Centro, ou através do telefone (22) 2543-6293.
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