Dengue: número de casos este ano já ultrapassou o total de 2022 inteiro

De janeiro até a semana passada, Nova Friburgo registrou 113 infectados pelo mosquito Aedes Aegypti
sexta-feira, 28 de julho de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

O número de casos de dengue em Nova Friburgo, de janeiro até a semana passada, já é maior que o registrado em todo o ano passado. De acordo com a prefeitura, são 113 casos computados pelas autoridades de saúde. Em 2022, de janeiro a dezembro foram 97 casos de dengue confirmados. A prefeitura informou também que nenhum dos casos evoluiu para a dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença, felizmente.

Segundo ainda a prefeitura, a maioria dos casos de dengue foi registrada em moradores do distrito de Amparo. No ano passado, o número de infectados pela doença já havia tido aumento expressivo em relação a 2021, quando foram computados quatro casos da doença, um aumento de 2.425% em relação a 2022 que registrou 97 infectados.

Outra doença causada pelo Aedes aegypti é a chikungunya. Esse ano, de acordo com a prefeitura, cinco pessoas foram infectadas pela doença. Em 2022, foram seis casos registrados em Nova Friburgo e no ano anterior, não houve nenhum infectado. Ainda segundo a prefeitura, não houve registro de Zika, outra doença também transmitida pelo inseto, nos últimos dois anos e nem esse ano. De acordo ainda com a prefeitura, não houve morte causada pelas doenças transmitidas pela fêmea do Aedes aegypti.

Aumento em todo o Brasil

O Brasil ultrapassou um milhão de infectados por dengue em maio. Durante todo o ano passado, foram 690,8 mil casos, com 333 óbitos confirmados. Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus  podem ter contribuído para esse crescimento. Os estados com maior incidência de dengue são: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Já em relação à Chikungunya, até abril, foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes no país. Quando comparado com o mesmo período de 2022, ocorreu um aumento de 40%. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Em relação aos dados de Zika, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de três casos por 100 mil habitantes no país. Houve um aumento de 289% quando comparado ao mesmo período de 2022, quando 1,6 mil ocorrências da doença foram notificadas.

Sintomas e prevenção

Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

Prevenção

Para prevenir essas doenças, é necessário acabar com o meio onde o mosquito transmissor pode se desenvolver, ou seja, não deixar água acumulada. Com ações simples e fáceis de serem executadas, pode-se evitar o acúmulo de água. A orientação dos agentes é que a população verifique periodicamente se a caixa d'água está fechada e bem vedada; deixar as lixeiras tampadas; colocar areia nos pratos dos vasos de plantas; recolher e acondicionar o lixo do quintal; limpar as calhas; cobrir piscinas; tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; limpar a bandeja externa da geladeira e limpar com esponja as vasilhas dos animais de estimação e trocar a água com frequência. (Fonte: Ministério da Saúde)

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