Os casos de dengue voltam a aumentar em todo o Brasil e, não poderia ser diferente em Nova Friburgo, principalmente por causa das chuvas constantes por longo período, que causam acúmulo de água, proporcionando a proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya. O avanço do número de casos de dengue vem preocupando tanto que o Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou o Painel Dengue, com dados sobre a incidência de casos, internações, óbitos e perfil dos pacientes.
No Painel Dengue constam 111 casos da doença em Nova Friburgo no ano passado. A prefeitura, no entanto, confirma 97 registros. Em nota, a prefeitura informou que “entrou em contato com o Governo do Estado para regularizar os dados, que estavam apresentando inconsistência.”
Ao comparar os 97 casos de 2022 com os quatro registrados em 2021, o município teve um aumento de 2.425% de um ano para o outro. De acordo ainda com a prefeitura, não houve morte causada pela doença em nenhum dos dois anos.
Outra doença causada pelo Aedes é a Chikungunya, que em 2022, teve seis casos registrados em Nova Friburgo. No ano anterior, nenhum caso foi registrado. Segundo a prefeitura, não houve registro de zika, doença também transmitida pelo inseto, nos últimos dois anos.
Ações de combate
A Prefeitura de Nova Friburgo informou também que hoje conta com 40 agentes de combate às endemias nas visitas domiciliares. Em nota, disse que “toda a área urbana do município foi visitada em 2022. A localidade que mais registrou casos de dengue no ano passado foi o distrito de Amparo.” Mas, o local com maior número de infestação do mosquito transmissor, até outubro de 2022, era o distrito de Conselheiro Paulino.
Prevenção
Com o período chuvoso e aumento da temperatura, cria-se ambiente mais favorável para a proliferação do Aedes aegypti. Para prevenir essas doenças, é necessário acabar com o meio onde o mosquito transmissor pode se desenvolver, ou seja, não deixar água acumulada.
Com ações simples e fáceis de serem executadas, pode-se evitar o acúmulo de água. A orientação dos agentes é que a população verifique periodicamente se a caixa d'água está fechada e bem vedada; deixar as lixeiras tampadas; colocar areia nos pratos dos vasos de plantas; recolher e acondicionar o lixo do quintal; limpar as calhas; cobrir piscinas; tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; limpar a bandeja externa da geladeira e limpar com esponja as vasilhas dos animais de estimação e trocar a água com frequência.
Aumento também no estado e no Brasil
O número de casos de dengue no Rio de Janeiro também voltou a crescer, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em 2022, foram registrados 11.400 casos da doença. O número é quase quatro vezes maior que o de 2021, quando foram notificados 2.882 casos.
A quantidade de óbitos também aumentou: enquanto em 2021 foram quatro casos, houve 16 no ano passado, como também informou a SES.
O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado recentemente com os dados consolidados, alerta para o registro de 1.450.270 casos prováveis da doença em todo o país, no ano passado. O aumento é de 162,5% se comparado com 2021, ano em que 544 mil pessoas foram infectadas.
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