Equipes de agentes de combate às endemias da Secretaria Municipal de Saúde, iniciaram, na manhã de segunda-feira, 26, mais uma ação de enfrentamento à dengue e combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável por doenças como dengue, zika e chikungunya. Dessa vez, o local da ação foi o casarão da Rua Augusto Spinelli, no Centro, onde funcionou a Secretaria Municipal de Assistência Social e a antiga Legião Brasileira de Assistência (LBA). Os agentes realizaram uma vistoria do imóvel, que está desocupado, aplicaram larvicidas e inseticidas e observaram os pontos que devem continuar a inspeção cuidadosa nos próximos dias para prevenir a doença.
A segunda etapa de vistoria e ação no casarão da Rua Augusto Spinelli será traçada pelo Comitê de Monitoramento e Combate à Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, vale destacar que outras localidades já receberam a visita das equipes de combate às endemias, que estão seguindo um cronograma de vistorias para outros atendimentos em bairros e distritos friburguenses.
O trabalho de conscientização visa alertar a população que o principal instrumento para combater o mosquito está nas mãos de cada cidadão, evitando que ele se desenvolva, ou seja, eliminando os focos de larvas.
Para fazer pedidos de vistoria ou denúncia de possíveis focos do mosquito, basta procurar a sede da Vigilância Ambiental em Saúde, na Rua Augusto Cardoso, 62, Centro, ou através do telefone (22) 2543-6293.
Governo Federal vai enviar vacinas para 29 municípios
O Ministério da Saúde informou que vai enviar doses de vacinas contra a dengue para 29 municípios brasileiros nos próximos dias. O lote vai completar a lista de 521 municípios selecionados para receber as doses até a primeira quinzena de março. Até o momento, 492 cidades já receberam os imunizantes.
A vacinação contra a dengue começou neste mês e é destinada à aplicação em crianças de 10 e 11 anos. Até o fim deste ano, a vacinação com a Qdenga, nome comercial do imunizante japonês, será ampliada para adolescentes de 12, 13 e 14 anos que moram nos 521 municípios escolhidos para receber os primeiros lotes das vacinas por estarem localizados em áreas de com alta incidência da dengue tipo 2, que provoca infecção mais grave da doença.
A restrição de regiões que vão receber a vacinação foi feita diante das dificuldades apresentadas para produção e oferta da vacina, elaborada pelo laboratório Takeda. A partir da entrega de mais carregamentos, a vacinação será ampliada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais nove milhões. A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Em dezembro do ano passado, a pasta anunciou a incorporação do insumo no SUS.
Pelo menos seis estados já declararam situação de emergência devido aos casos registrados de dengue na população: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Acre, Goiás e o Distrito Federal estão na lista. No Estado do Rio, as localidades contempladas com a vacina neste primeiro momento são: Belford Roxo; Duque de Caxias; Itaguaí; Japeri; Magé; Mesquita; Nilópolis; Nova Iguaçu; Queimados; Rio de Janeiro; São João de Meriti; e Seropédica, todas na Região Metropolitana e Baixada Fluminense.
Sexta morte por dengue foi em Cachoeiras de Macacu
A sexta morte por dengue no Estado do Rio de Janeiro foi confirmada nesta semana pela Secretaria estadual de Saúde (SES). Segundo dados do painel elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz e a Secretaria de Saúde, a vítima é um idoso que tinha mais de 70 anos e morava em Cachoeiras de Macacu. Além desta morte, outras duas foram registradas na capital, uma em Itatiaia e outra em Barra do Piraí, no sul fluminense, além de uma em Mangaratiba, na região da Costa Verde.
Na última quarta-feira, 21, devido ao avanço da dengue, o governador, Cláudio Castro (PL), decretou epidemia da doença em todo o estado. Até o momento, o Rio já tem cerca de 60 mil casos prováveis da doença esse ano. A taxa de incidência está em 368 casos por 100 mil habitantes.
O Estado do Rio também registrou um aumento de 86% no atendimento a casos de pacientes com suspeita da doença nas UPAs estaduais entre janeiro e fevereiro, com quase uma semana ainda para fechar os números do segundo mês do ano. Em 2023, foram 51.454 notificações. Cerca de 60% dos casos foram na região metropolitana e quase 15% no Médio Paraíba.
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