Em tempos de pandemia, os cuidados com a saúde precisam ser redobrados. Mais do que isso: uma boa alimentação e a rotina de exercícios deve passar a fazer parte da vida de friburguenses, brasileiros e população de uma forma geral, mesmo quando o momento instável for superado. Uma opção que cresce a cada dia é pelas corridas e caminhadas ao ar livre.
Em Nova Friburgo, por exemplo, é muito comum observar um movimento grande e constante em locais como a Via Expressa, em Olaria, A Avenida Governador Roberto Silveira, desde o princípio, em Duas Pedras, até Conselheiro Paulino, e nas calçadas das avenidas Santos Dumont, Comte Bittencourt e Galdino do Valle Filho. O Nova Friburgo Country Clube também é um local bastante frequentado, bem como o trajeto pela antiga linha do trem, alternativa bastante utilizada por ciclistas e caminhantes Não há dúvidas de que o processo é saudável, mas alguns cuidados devem ser observados.
De acordo com especialistas, marcar um cardiologista precisa ser o primeiro passo. O médico é quem dirá se a corrida é uma forma viável para determinado paciente se exercitar. Pessoas com problemas cardíacos, diabetes, colesterol desregulado, entre outros, têm restrições e podem se arriscar se começarem a correr sem fazer um checkup antes. Mesmo que a pessoa já tenha corrido maratonas, o ritmo e as recomendações médicas devem ser respeitadas. No caso de uma pessoa que nunca correu, a recomendação natural será um início gradativo e iniciante.
Após aprovação no teste ergométrico e no ecocardiograma, a melhor estratégia, de acordo com os especialistas, é montar uma planilha com os treinos semanais que seja plausível - com ajuda de um profissional. Para quem não reúne condições de pagar um personal trainer, uma alternativa, mesmo que não seja gratuita, é tentar encontrar uma assessoria esportiva, uma empresa capaz de desenhar o melhor treino de corrida. Em Nova Friburgo há algumas equipes que prestam esse serviço.
Já para os iniciantes, a melhor opção é fazer uma planilha de treino intervalado, com períodos de corrida dentro de uma caminhada. A sugestão é caminhar por uma hora e, dentro do período, colocar quatro ou cinco corridas de um minuto. O foco deve ser conseguir manter a frequência dos exercícios propostos. Além disso, três treinos por semana é considerado o ideal, para ir ganhando força aos poucos.
A dor é normal depois de um esforço, mas ela precisa passar nos dois dias seguintes. Se não aliviar, é melhor conversar com o treinador ou médico para evitar uma lesão e ter, depois, que começar tudo de novo. O mesmo vale para o lugar escolhido na corrida: escolher um trajeto conhecido evita a chance de queda. Os parques ainda são a opção mais segura, mas, na pandemia, às vezes a solução é improvisar mesmo nas ruas perto de casa.
Tênis e máscaras
A escolha do tênis também pode facilitar ou dificultar a corrida, e em tempos de restrições, a corrida na rua precisa de máscara contra o coronavírus. A queixa do desconforto é genuína, mas precisa ser superada. A melhor máscara é aquela que o corredor consegue se adaptar sem deixar "cair no queixo". Existem estudos científicos sobre as melhores máscaras para esportistas, mas que os resultados ainda são muito preliminares.
A N95, por exemplo, apesar de eficiente, é muito espessa para os corredores, e causa uma sensação de desconforto. Por outro lado, a máscara cirúrgica é uma opção, mas molha com facilidade com o suor. A máscara deve cobrir o nariz e a boca com firmeza, com garantia de que não vai cair durante o treino. Aquelas que não são ajustáveis, principalmente nas alças, não são boas para o esporte, acabam incomodando ainda mais.
A dica é escolher uma máscara com estrutura mais firme, que evite que o tecido fique indo e voltando com a respiração. Os modelos mais armados, mas com o tecido não tão espesso, podem ser uma solução segura. Importante observar quando o material ficar molhado e trocar.
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