Um homem que trabalhou como cuidador na Casa de Acolhimento Institucional Vila Sorriso, em Nova Friburgo, que abriga crianças retiradas da convivência com os pais ou responsáveis por correrem riscos, foi condenado a 20 anos, sete meses e 15 dias de reclusão, em julgamento ocorrido na última segunda-feira, 13, no Fórum Juiz Rivaldo Pereira Santos, na Avenida Euterpe Friburguense (foto). A sentença deste último processo, somadas as condenações de outros dois processos, a pena ultrapassa 72 anos de reclusão.
O caso chamou a atenção por ter sido praticado por funcionário público municipal, com crianças acolhidas em um prédio municipal, usado para abrigo de menores em situação de vulnerabilidade social. O acusado trabalhou na Casa Vila Sorriso de março de 2017 a julho de 2018.
O julgamento da última segunda-feira foi referente ao crime cometido contra a menina que, à época, tinha 7 anos, contra a qual o homem é acusado de ter praticado atos libidinosos com conjunção carnal por várias vezes. De acordo com o inquérito, além do depoimento da criança, também houve confirmação do crime pelo exame de corpo de delito a que a menina foi submetida.
Além disso, no computador do ex-funcionário do abrigo foram encontrados diversos vídeos e fotos com imagens de crianças e adolescentes com nudez parcial ou total, cenas de sexo e vídeos com contéudo que remetem a menores de idade.
Em sua sentença, o juiz titular da 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo, Marcelo Alberto Chaves Villas, proferiu que “o réu cuidador do abrigo, de onde se dessume que tinha o dever de cuidar das crianças abrigadas e ao revés abusou de diversas formas. Atos abomináveis de quem tinha o dever de cuidar e proteger”, frisou o magistrado. Ainda cabe recurso de todas as sentenças condenatórias do acusado.
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