Os especialistas são categóricos: a educação financeira deve começar em casa, com os responsáveis ajudando a garotada a criar uma relação saudável com as finanças. Juntar dinheiro e gerenciar a mesada oferecida pelos pais ficaram mais fáceis com ferramentas tecnológicas desenvolvidas recentemente. Cartões pré-pagos e aplicativos tornam a conversa sobre dinheiro com crianças e adolescentes bem mais interessante.
Em casos de pais que têm uma relação conturbada com o dinheiro ou que tratam o assunto como “tabu” dão margem para que crianças e adolescentes repitam os mesmos padrões de consumo. Ter uma boa base em casa é o primeiro passo para manter a cultura de poupar, mas o importante é passar, em linguagem simples, a ideia certa do que é o dinheiro e de que esse recurso é finito.
“É importante mostrar que é preciso trabalhar para que os pais ganhem dinheiro, por exemplo. Ou vai parecer que é uma coisa mágica. Quando não conseguimos ensinar isso, corremos o risco de criar pessoas fora dessa realidade”, explica a planejadora de finanças pessoais Cristina Horst.
Muito comum na educação financeira, o cofrinho ainda é uma ferramenta acertada para ensinar a poupar pequenas quantias, como trocos. Outro bom começo para ensinar a gerenciar o dinheiro é através da mesada. Mas, para colocar isso em prática, é preciso respeitar o tempo de assimilação dos pequenos. Por crianças e adultos terem percepções de tempo diferentes, é recomendado começar apostando em semanada, e não em mesada.
Nesse processo, ferramentas como a Mozper se tornam grandes aliadas de responsáveis que querem construir um ciclo virtuoso de gerenciamento das finanças. Pelo aplicativo, os pais podem gerar um cartão pré-pago para os filhos, disponível para gastos em categorias específicas, como alimentação, compras online e lazer. Dentro do app, eles podem distribuir as quantias de acordo com as necessidades, acompanhar como o dinheiro é gerido e até remunerar tarefas domésticas, como a retirada do lixo de casa.
Responsáveis mais arrojados podem optar por planos de poupança e até fundos de investimento reservados especificamente para os filhos. O professor de Finanças do Ibmec RJ, Haroldo Monteiro, defende a opção por investimentos de baixo valor e, quando o filho completar 14 anos, já começar a explicar como gerir o próprio investimento.
“Se for para algo de curto prazo, como fazer uma viagem, comprar um videogame ou um tênis, tem que ser em algo de curto prazo, como um fundo de renda fixa e com baixo risco. Já para juntar e comprar um carro quando ele completar 18 anos, a melhor opção pode ser uma aposta em ações”, explica o professor.
Aplicativos como ferramentas para família
As ferramentas digitais também garantem aos pais a possibilidade de acompanhar de perto como os filhos estão gastando a mesada. Tudo isso já foi estudado por plataformas que oferecem produtos e serviços específicos para a garotada.
A ferramenta de bancos virtuais para menores de idade dá acesso a serviços de educação financeira e preparação para o futuro. Pelo cartão, o jovem tem direito à função débito e acesso à plataforma de investimentos do banco para começar a poupar dinheiro, sempre acompanhado pelos pais.
Já a conta para menores de idade permite aos usuários de 13 a 17 anos acesso a um cartão de débito sem anuidade, além de poder enviar e receber Pix sem limite de operações e efetuar saques no caixa eletrônico. Também é possível realizar recarga de celular e comprar cartões de presente.
Deixe o seu comentário