Com o avanço da vacinação, cai número de casos e mortes por Covid no Brasil e no mundo

Cenário também se repete Nova Friburgo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde
sábado, 02 de outubro de 2021
por Christiane Coelho (Especial para a A VOZ DA SERRA)
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Essa semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde divulgaram a notícia mais esperada por todo o mundo desde março de 2020: a queda do número de infectados e de mortes causadas pela Covid-19. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o mesmo cenário está acontecendo em Nova Friburgo. De 1 de setembro a 29 de setembro foram registrados 892 novos casos de Covid-19 na cidade e 41 mortes causadas pelo coronavírus. Em agosto, do dia 2 ao dia 31, foram 2054 pessoas confirmadas com Covid-19 e 64 mortes. Nesse mês de setembro foi registrado uma queda de 57% de casos confirmados e de 36% de mortes causadas pela Covid-19, comparado a agosto.

O mês de agosto, inclusive registou aumento de número de casos confirmados e de mortes causadas pela Covid-19, em relação a julho, quando foram registrados 1901 novos casos e 59 mortes. Para a infectologista Patrícia Hottz, com a circulação da variante Delta, houve um importante incremento dos casos de covid na cidade e aumento menos significativo das internações e óbitos. “No momento, vivemos nova queda dos casos e de internações e óbitos por covid”, explica ela.

Uma das consequências da queda de números de casos é também a queda do número de internações. No dia 21 de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde remanejou 19 leitos de enfermaria exclusiva para a Covid-19 para a clínica médica do Hospital Raul Sertã (HRS). E, mesmo com a diminuição do número desses leitos, nesta quinta-feira, 30, apenas sete estavam ocupados, o que corresponde a 25% do número total de leitos de enfermaria do hospital. Nesse mesmo dia, dos 20 leitos UTI do HRS, cinco estavam ocupados, correspondentes a 25% do total. O mesmo cenário também acontece nos três hospitais particulares da cidade. De todos os leitos de enfermaria Covid-19 (públicos e particulares), no dia 30 de setembro, a ocupação correspondia a 21,7%. E, os leitos de UTI Covid-19 tinham 24,4% de ocupação.

 Tudo isso tem uma explicação: o avanço da vacinação. “O número de novos casos tem diminuído no município, seguindo a redução no estado e no país. Mas, o mais notável é a redução de casos graves que levam a internação e óbito. Nem no período de aumento expressivo dos novos casos, houve lotação maior que 80% dos leitos disponíveis, mesmo com redução dos mesmos. A vacina é a grande responsável por isso. Pessoas vacinadas, especialmente em menos de 6 meses, se contaminam menos, transmitem menos e agravam muito raramente. Geralmente cursam com quadros muito brandos”, explica Patricia Hottz.

A vacinação na cidade              

Até quinta-feira, 29, foram vacinadas 151.222 pessoas com a primeira dose, em Nova Friburgo. Com a segunda dose, foram 88.120 friburguenses e com a dose única, 4.360 pessoas. Somando o número de pessoas que tomaram segunda dose com as de dose única, a cidade registrou 92.480 pessoas com esquema vacinal completo, o que corresponde a 48,25% da população de Nova Friburgo.

De acordo com informações da Secretaria de Saúde, dos quatro pacientes que se encontravam internados no CTI Covid do Hospital Raul Sertã, na terça-feira, 28, dois não haviam tomado a vacina e os outros dois haviam feito o esquema completo, com as duas doses do imunizante. Dos 13 internados na enfermaria Covid-19 do hospital municipal, três não se vacinaram, nove tomaram as duas doses e um havia recebido a primeira aplicação.

Não tivemos acesso às idades dos pacientes. Mas, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Sáude, esse é um fator preponderante nas internações atualmente. Pessoas mais velhas passaram a ser maioria de casos de piora novamente. 

“Estudos mostram que quando a imunização tem mais de 6 meses a imunidade adquirida pela vacina perde a força. Especialmente em idosos, devido a imunossenescência que já reduz a imunidade natural. Em pessoas com doenças ou tratamentos imunossupressores também há redução da resposta vacinal. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda dose de reforço para idosos após 6 meses da segunda dose ou dose única e para imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose ou dose única da vacina contra covid. Para profissionais da área, o Ministério da Saúde recomendou recentemente a dose de reforço, pela alta exposição e necessidade de garantia de mão de obra nas unidades de saúde”, ressalta a infectologista Patrícia Hottz (foto).

 Até quarta-feira, 29, apenas 254 pessoas haviam recebido a dose de reforço na cidade, todas asiladas. Na próxima terça-feira, 05, será aplicada a dose de reforço para pessoas acima de 90 anos e com mais de seis meses da segunda dose.

De acordo com a infectologista, as vacinas de todos os laboratórios deverão ter a dose de reforço após o sexto mês da segunda dose ou da dose única. “Como o primeiro imunizante usado no Brasil foi a Coronovac, e todos que estão completando o sexto mês da segunda dose tomaram essa vacina, muitos acreditam que somente a Coronavac precisa ter a dose reforço, o que não é verdade. Todos os imunizantes deverão ter a dose de reforço”, esclareceu Patrícia.

OMS registra queda de novos casos e de mortes por Covid-19

No domingo, 26 de setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou dados mundiais, que apontam queda de 10% no número de novos casos e de mortes causadas pela covid-19, em relação à semana anterior (entre 13 e 19 de setembro). A maior diminuição em novos casos semanais foi relatada na região do Mediterrâneo Oriental (17%), seguido pelo Pacífico Ocidental (15%), região das Américas (14%), região Africana (12%) e região do Sudeste Asiático (10%); enquanto os casos semanais na região europeia foram semelhantes aos da semana anterior. O número de novas mortes semanais relatadas mostrou um grande declínio, 15%, para todas as regiões, exceto a região Africana que reportou aumento (5%), e para a região Europeia, que relatou um número semelhante de mortes semanais em comparação com a semana anterior.

Cenário do Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, em 100 dias, a média móvel de óbitos por Covid-19 no Brasil chegou a esta terça-feira, 28, com redução de 73,30% nos registros. Com média móvel em 541,93, registros de novos óbitos seguem com tendência de queda desde o mês de junho.

Segundo o ministro substituto da Saúde, Rodrigo Cruz, o cenário pandêmico mais arrefecido da doença se deve à ampla campanha de imunização, que desde o início já distribuiu mais de 284,6 milhões de vacinas. Até o momento, 233,2 milhões de doses de vacina foram aplicadas nos braços dos brasileiros. O número corresponde a 91,9% da população adulta. Além disso, 87,9 milhões tomaram a segunda dose ou dose única do imunizante, ou seja, 55,6% completaram o esquema vacinal. Os números colocam o Brasil em quarto lugar no ranking mundial dos países que mais aplicaram doses na população.

“O caminho é vacinar toda a população brasileira. É importante ressaltar que os imunizantes são seguros, aprovados pela Anvisa, e já estão integrados ao Programa Nacional de Imunizações, o PNI. Mais de 91,9% da população adulta já tomou pelo menos a primeira dose da vacina. E precisamos avançar ainda mais”, reiterou Cruz.

De acordo com o Ministério da Saúde, a média móvel de casos também segue em queda nos últimos três meses. Para o ministro interino, ainda que o cenário esteja mais controlado, as medidas preventivas para evitar o contágio do vírus seguem com protocolos adotados pelo Ministério da Saúde e autoridades sanitárias. Rodrigo Cruz ressaltou a importância do uso de máscara, de manter uma distância segura de pelo menos 1 metro, além de reforçar a higiene das mãos.

-----------------

Fiocruz entregou 15,3 milhões de doses da AstraZeneca em setembro

O Governo Federal já distribuiu mais de 294 milhões de doses de vacina contra a Covid-19

A Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz) entregou, por meio do seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), mais 3,9 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) nesta quinta-feira, 30. Acrescidas à entrega da última terça, 28, foram 6,3 milhões de doses nesta semana.

A Fiocruz ressalta que as entregas do dia seguiram em duas remessas: uma com 50 mil doses para o estado do Rio de Janeiro e as demais para o almoxarifado designado pelo Ministério da Saúde para distribuição a outros estados.

“Com as duas entregas desta semana, a Fiocruz alcançou a marca de 15,3 milhões de doses da vacina Covid-19 fornecidas em setembro e o total de 107,3 milhões de doses disponibilizadas ao PNI”, diz a fundação.

O Ministério da Saúde informou que, até o momento, já distribuiu mais de 294 milhões de doses de vacina Covid-19. Desses, 236,7 milhões foram aplicadas, sendo 146,3 milhões de primeiras doses e 90 milhões de segundas doses ou dose única.

Com isso, 92,6% da população adulta já tomou a primeira dose da vacina e 57,21% já completaram o esquema vacinal.

(Do site Metrópolis)

 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: