Na manhã de segunda-feira, 19, representantes do Governo Federal e da cooperação Brasil-Alemanha estiveram em Nova Friburgo para a primeira visita técnica do Projeto Desenvolvimento Urbano Sustentável (DUS). O município está entre os seis finalistas selecionados e é o único representante do Estado do Rio em um processo que começou com mais de 170 cidades.
O projeto “Cidade Presente” - iniciativa do Ministério das Cidades - prevê melhorias em infraestrutura, tendo em vista, principalmente, a prevenção e mitigação de desastres naturais. Em Nova Friburgo a iniciativa foi batizada como “Riograndina Resiliente” e deverá contar com obras de revitalização de espaços públicos, mapeamento e classificação de áreas consideradas de risco, recuperação de patrimônios históricos, entre outros.
O 2º distrito friburguense foi escolhido dada sua importância histórica, cultural e também atual, sendo um dos locais mais populosos de Nova Friburgo. Na primeira fase está prevista a implantação de um núcleo de Defesa Civil Comunitário na localidade, contando, inclusive, com uma estrutura de rádio amador, para facilitar a comunicação em caso de acidentes climáticos.
Estiveram no encontro os secretários municipais de Meio Ambiente e responsável pelo projeto, Andréa Duque Estrada, e de Defesa Civil, Evi Gomes, e os representantes da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano do Ministério das Cidades, Marcel Sant’ana, e da cooperação alemã GIZ, Ana Luiza Oliveira da Silva.
Distrito carece de investimentos urgentes
Em janeiro deste ano Riograndina completou 100 anos e alguns fatos geram tristeza e preocupação entre os moradores, entre eles o abandono dos prédios históricos e a má conservação de espaços públicos e obras demoradas, como a de revitalização da praça Nossa Senhora do Rosário e da Escola Municipal Estação do Rio Grande.
O conjunto da antiga estação ferroviária de Riograndina, que inclui a ponte de ferro, símbolo postal do distrito, a residência do administrador da Rede Ferroviária, a estação do trem e o depósito ferroviário, foi tombado provisoriamente em 1988, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) por sua importância cultural para o município. O complexo, no entanto, está com a antiga estação, a casa e o galpão condenados pela Defesa Civil e com risco iminente de desabamento.
O Ponto de Cultura, que funcionava no Casarão de Riograndina (antiga estação ferroviária), abrigou diversos cursos, como teatro, panificação, aula de percussão, artesanato, desenho, teatro, violão e cavaquinho teve que ser transferido para um espaço provisório.
A prefeitura também informou que a Fundação D.João VI fez, de forma paliativa, o escoramento do imóvel e a substituição de parte do telhado por uma telha mais leve, que eliminou os maiores vazamentos e infiltrações, mas é preciso mais intervenções na antiga estação.
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