Aumento dos casos de dengue preocupa Ministério da Saúde

Em Nova Friburgo, desde o início do ano, foram registrados 14 casos. Em 2022, o aumento foi de 2.500% em relação a 2021
segunda-feira, 27 de março de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Apesar do baixo número de casos de dengue e chikungunya em Nova Friburgo neste ano, os moradores devem ficar atentos às ações de prevenção à proliferação do mosquito transmissor, Aedes aegypti. Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, até o último dia 18, quando saiu o último boletim epidemiológico, mais de 400 mil casos prováveis de dengue foram registrados no Brasil. A taxa representa um aumento de mais de 53% em comparação ao mesmo período de 2022. Além disso, também houve, 117 mortes causadas pela doença.

Apesar de registrarem números menores de casos, o aumento percentual foi maior nos casos de chikungunya, em relação ao mesmo período do ano passado, com índice de 98% e 53.996 casos prováveis. Seis mortes foram provocadas pela doença. Já a zika teve aumento de 124% com 1.625 casos prováveis, e seis óbitos já foram registrados no país.

De acordo ainda com os dados do Ministério da Saúde, dois estados do Sudeste estão entre os que tiveram maior aumento do número de casos de dengue esse ano. O Espírito Santo ocupa a primeira colocação, com  aumento nos coeficientes de incidência, com 1.182 casos, ou seja cinco por 100 mil habitantes, seguido do Mato Grosso do Sul, com 594, sete casos por 100 mil habitantes, e de Minas Gerais, com 559, também sete casos por 100 mil habitantes.

Situação em Nova Friburgo

De acordo com a prefeitura, este ano, foram registrados 14 casos de dengue em Nova Friburgo, um de chikungunya e nenhum de zika. No período não foram registradas internações causadas pelas doenças. Durante todo o ano passado foram registrados 97 casos de dengue no município, correspondentes a um aumento de 2.425% em relação a 2021, com apenas quatro casos.

Já a chikungunya teve apenas um caso na cidade este ano. Em 2022, foram seis casos da doença em Nova Friburgo. No ano anterior, nenhum caso foi registrado. Segundo a prefeitura, não houve registro de zika, doença também transmitida pelo Aedes neste ano e nem nos últimos dois anos.

A maior incidência dos casos em Nova Friburgo é no distrito de Amparo, de acordo com a prefeitura, que também informou que o município conta com 40 agentes de combate às endemias que realizam visitas domiciliares periódicas.

Prevenção

Para prevenção contra a dengue, chikungunya e zika é necessário acabar com o meio onde o mosquito transmissor pode se desenvolver, ou seja, não deixar água acumulada. Com ações simples e fáceis de serem executadas, pode-se evitar o acúmulo de água. A orientação dos agentes é que a população verifique periodicamente se a caixa d'água está fechada e bem vedada; deixar as lixeiras tampadas; colocar areia nos pratos dos vasos de plantas; recolher e acondicionar o lixo do quintal; limpar as calhas; cobrir piscinas; tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; limpar a bandeja externa da geladeira e limpar com esponja as vasilhas dos animais de estimação e trocar a água com frequência.

Falta inseticida para combater o Aedes 

Em locais, onde a prevalência das doenças é alta e com grande presença do mosquito Aedes aegypti, há a necessidade de nebulização espacial, conhecida popularmente como fumacê. Mas, por falta de estoque, o Ministério da Saúde tem atrasado o envio de inseticidas contra o Aedes aegypti.

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, a atual gestão assumiu sem nenhum estoque do inseticida usado no fumacê. De acordo ainda com a pasta, os contratos foram feitos no último dia 3 e a expectativa é de que cheguem em meados de abril.

A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde informou também que o atraso nos cronogramas, enfrentado desde 2022, é reflexo da dificuldade global de aquisição do produto.

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