Artesãos de Friburgo ainda sem espaço adequado para expor e vender

Prefeitura anuncia reinauguração da Casa do Artesão para breve
sábado, 18 de junho de 2022
por Christiane Coelho, especial para A VOZ DA SERRA
O Pavilhão das Artes cercado de tapumes (Foto: Henrique Pinheirio)
O Pavilhão das Artes cercado de tapumes (Foto: Henrique Pinheirio)

 Além de um espaço para os artesãos de Nova Friburgo exporem e venderem suas artes, a Casa do Artesão é um ponto turístico importante na cidade. Inaugurado há quase 30 anos, o antigo Pavilhão das Artes, no bairro Cônego, abrigava as criações de aproximadamente 90 artesãos até abril do ano passado, quando foi fechado para reformas necessárias pela degradação causada pelo tempo.

 Mas, de acordo com a prefeitura, o espaço será reaberto, em breve.  Em nota, a prefeitura informou que as obras receberão uma vistoria final da Caixa Econômica Federal até o próximo dia 30 para que, assim, o espaço esteja completamente liberado para que seja marcada a reinauguração.

 Com prazo inicial de seis meses de duração, a obra, que previa a recuperação estrutural, a parte elétrica do imóvel e a manutenção do telhado, teve que ser paralisada para a inclusão da reforma de uma cozinha que há no local. Como as obras no espaço são fruto de um convênio entre o município e o Governo Federal, com recursos federais e municipais, tudo tem que passar por processos. “Alguns trâmites burocráticos atrasaram a sua conclusão. Entre eles, a liberação dos recursos durante as obras e a necessidade de promover um termo aditivo para incluir a reforma da cozinha”, explicou o secretário municipal de Marketing e Turismo, Renan Alves. 

 De acordo com a prefeitura, a obra foi paralisada formalmente no dia 4 de outubro de 2021 para instruir adequadamente o processo administrativo e a elaboração de um novo cronograma, que contemplou o prazo de mais 90 dias após ordem de reinício, prazo que se encerra em 30 de junho de 2022. “Tais medidas foram necessárias para que as obras não prosseguissem sem os prévios ajustes legais e burocráticos. Caso contrário, o contrato chegaria ao fim do prazo sem a finalização das obras, o que poderia ensejar na necessidade de outra licitação para finalizar os serviços ainda pendentes, o que demandaria muito mais tempo”, esclareceu o secretário de turismo. Ainda segundo a prefeitura, o valor investido foi de aproximadamente R$ 287 mil do Governo Federal via Caixa, e R$ 82 mil do aditivo com recursos municipais
 

Muitos artesãos desistiram pela demora

A VOZ DA SERRA recebeu informações de um leitor, que preferiu não se identificar, sobre os prejuízos causados aos artesãos pelo atraso das obras da Casa do Artesão. De acordo com ele, eram 90 artesãos, quando o local foi fechado para as obras, mas muitos desistiram de permanecer no projeto. De acordo com informações da prefeitura, há 48 artesãos cadastrados para expor seus trabalhos no imóvel quando for reinaugurado.

          Assim que foi fechado, os artesãos foram alocados no Espaço Arp, que num acordo com a prefeitura, disponibilizou gratuitamente um local para eles, no período de seis meses, que foi prorrogado por mais um ano. Mas, o empreendimento comercial necessitou do espaço.

             De acordo com a prefeitura, na ocasião, a fim de atender as necessidades dos artesãos, a Secretaria de Turismo buscou espaços que fossem suficientes para os mesmos, no entanto a procura foi frustrada. Em janeiro, foi disponibilizado um espaço no Centro de Atendimento ao Turista,  na Praça Dermeval Barbosa Moreira, até o período do Carnaval fora de época, 15 de maio, quando a prefeitura precisou do espaço para apoio aos eventos feitos no local. A prefeitura informou que os artesãos podem voltar a expor no Centro de Apoio ao Turismo, até que a Casa do Artesão seja inaugurada.

             Mas, de acordo com as informações recebidas pela redação de A VOZ DA SERRA, o espaço não é suficiente para abrigar os 48 artesãos que são cadastrados hoje para exposição e venda da Casa do Artesão. São, no máximo, 24 profissionais, com dez peças, cada um. De acordo com as informações recebidas pelo jornal, além de prejudicar os artesãos que vivem do seu artesanato e estão comprometendo suas rendas, há também idosas, que não dependem diretamente dessa renda, mas exercem o artesanato para ocuparem a mente e o tempo, evitando depressão e doenças.

              

 

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