No último dia 9 entraram em vigor com a bandeira roxa as novas regras mais restritivas para o combate à proliferação da Covid-19, previstas em decreto municipal. A grande novidade foi a alternância de funcionamento entre os estabelecimentos comerciais que passaram a funcionar de acordo com o último dígito do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) dos estabelecimentos, exceto os serviços considerados essenciais que estão liberados. A medida não agradou a boa parte da população e recebeu críticas principalmente dos lojistas.
Na primeira semana sob as novas regras muitos ainda foram pegos de surpresa. Alguns lojistas ainda se confundiam se poderiam ou não abrir seus estabelecimentos e os consumidores que não se planejaram, encontraram lojas, supermercados e padarias fechadas. “Eu não sabia que supermercados e padarias iam participar do revezamento. No meu entendimento, setor de alimentação é essencial. Para minha surpresa, o mercado em que costumo fazer compras estava fechado. Não consegui fazer comida e precisei recorrer ao delivery”, contou Marise Torres.
Proprietária de um mercadinho no centro da cidade, Maria Cristina, tem tido dificuldade para se adequar à nova realidade. “Essa medida piorou o comércio de uma forma geral. O movimento como um todo já não estava bom e com esse sistema piorou. A gente tenta se adaptar, mas é difícil. Para receber a mercadoria combinamos com os fornecedores, mas a cada dia mudam as regras. Não sei até quando vai essa medida, fica complicado fazer um planejamento”, lamentou. No bairro Cascatinha, por exemplo, a maioria dos estabelecimentos comerciais abriram nesta sexta-feira, 16, e neste sábado, 17, estarão fechados. “Ia aproveitar o fim de semana para fazer compras e tive que antecipar por causa desse rodízio”, comentou uma moradora do bairro.
Ricardo Dantas, gerente de uma loja de roupas, leu o decreto três vezes para se planejar e funcionar da maneira correta. Apesar disso, o lojista criticou a postura do Executivo na condução das medidas de enfrentamento à pandemia. “Quando se fecha determinados estabelecimentos, consequentemente, outras lojas acabam recebendo um fluxo maior e não adianta nada fechar lojas e abrir outras”, observou.
“Alguns comércios estão dando seu jeito para driblar esse rodízio. Moro em um bairro afastado do centro e lá não há o respeito a essas regras. Alguns comerciantes estão abrindo suas lojas em um horário que sabem que não haverá fiscalização”, denunciou Yan Muniz.
Algumas lojas que abrem neste sábado na Avenida Alberto Braune
Casas Bahia, Superlar, Casa Friburgo (ao lado do Ienf), Lojas Americanas, Casa Friburgo (altura da Rua Fernando Bizzotto), Extra.
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