O forte temporal da última terça-feira, 8, causou estragos e transtornos em diversos bairros e distritos do município e também poderia ter causado uma tragédia caso as aulas presenciais não estivessem suspensas em decorrência da pandemia de Covid-19. Isso porque, o muro do Colégio Municipal Rui Barbosa, na altura do Prado, no distrito de Conselheiro Paulino, ficou totalmente inclinado após as fortes chuvas e ameaça desabar a qualquer momento.
De forma emergencial, a Prefeitura de Nova Friburgo escorou o muro com madeiras e isolou a área preventivamente, para evitar que a estrutura de alvenaria caia sobre pedestres ou motoristas que trafegam todos os dias pela Avenida Governador Roberto Silveira, trecho urbano da RJ-116.
Com isso, além do abalo na estrutura do colégio – um dos mais antigos e tradicionais de Nova Friburgo, que no ano passado comemorou os 50 anos de sua instalação no prédio atual – a situação gerou pelo menos outros dois problemas à população friburguense. O primeiro é que há um ponto de ônibus junto ao muro que foi isolado, portanto, o abrigo também não pode ser utilizado pelos usuários do transporte público, que agora precisam ficar à mercê do sol ou da chuva. Outro problema é que para escorar o muro e isolar a área, a calçada também precisou ser interditada, obrigando os pedestres a terem que utilizar o acostamento do trecho.
A VOZ DA SERRA esteve no local no início da tarde desta segunda-feira, 14, e constatou o problema. Olhando de frente, aparentemente não há problema algum. Porém, olhando lateralmente é visível que o muro está completamente inclinado para a rua, correndo risco iminente de desabar. Cabe ressaltar que alguns funcionários da prefeitura fazia a limpeza da parte interna da escola, que ainda estava suja de lama na entrada, bem como da rua lateral à unidade escolar, que fica num nível abaixo da avenida principal e é um trecho que alaga facilmente em dias de chuvas fortes como a de terça-feira passada.
O que diz a prefeitura
Procurada pelo jornal, a Prefeitura de Nova Friburgo informou através de nota que “a escola não está em funcionamento, mas não está interditada. Apenas o muro foi isolado pela Defesa Civil. A Secretaria Municipal de Obras irá ao local esta semana para realizar um estudo do material necessário para compra, que deverá ser feita através de uma nova licitação”. A nota, no entanto, não deu prazo para a conclusão do estudo, tampouco para a abertura e realização do processo licitatório.
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