Aluguel sobe quase o dobro da inflação

Alta dos juros tornou o sonho da casa própria mais distante, aquecendo o mercado de locação
terça-feira, 02 de agosto de 2022
por Jornal A Voz da Serra
Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro
Arquivo AVS/ Henrique Pinheiro

A maior demanda pelo mercado de locação também foi influenciada pela volta ao trabalho presencial, que fez profissionais de diversas áreas abandonarem cidades do interior e retornarem às capitais. Segundo o índice FipeZap+, o aluguel subiu, em média, 9,49% desde janeiro, quase o dobro da inflação no período, de 5,49%.

A alta dos juros tornou o sonho da casa própria mais distante e fez com que o mercado de aluguel de imóveis ficasse mais aquecido. Em paralelo, a volta ao trabalho presencial levou muitos brasileiros que haviam se mudado para cidades do interior durante a pandemia a retornarem às capitais, contribuindo para o aumento dos contratos de locação. De acordo com o índice FipeZap+, o aluguel subiu, em média, 9,49% desde janeiro, quase o dobro da inflação no país no período, de 5,49%.

Em algumas capitais, o salto foi ainda maior. Em Goiânia, houve alta de 19,55%, em Florianópolis, de 18,6% e em Salvador, de 15,26%. Mesmo com os reajustes, o preço por metro quadrado nestas capitais segue menor do que em mercados como São Paulo, onde sai por R$ 43, e Rio, por R$ 35. O valor para locação no Rio subiu 10,8% desde janeiro.

"O valor dos aluguéis vem subindo desde outubro do ano passado e acelerou neste ano com o avanço da vacinação, o mercado de trabalho respondendo positivamente. Tudo isso possibilita que os proprietários repassem preços para inquilinos. Os donos se veem ainda mais tentados em repassar com o aumento do IPCA", afirma Pedro Tenório, economista do DataZap+.

Com o salto nos juros, que passaram de 2% desde meados de 2021 para 13,25%, muitos brasileiros que já estavam com a chave da casa própria quase na mão adiaram os planos, em razão do custo do financiamento e do risco de inadimplência. O jeito foi refazer as contas e voltar ao aluguel.

Outro levantamento, do Quinto Andar, mostra que no primeiro semestre os contratos têm sido fechados no Rio com alta de 9,5%.

"As pessoas estão se segurando, evitando assumir financiamento de longo prazo com juros altos, eleições. E as aplicações competem com quem vai pagar à vista. Vale mais a pena manter o dinheiro em uma aplicação que rende ao menos 12% ao ano e pagar o aluguel com o que receber", diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.

(Fonte: Agência O Globo)

 

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