Neste domingo, 26, celebra-se o Dia da Cultura Friburguense. A data foi criada há 20 anos pela lei municipal 3.244, de autoria do então vereador e professor Jorge de Carvalho. A data coincide com a celebração dos 160 anos de fundação e atividades da histórica banda Euterpe Friburguense.
A história da agremiação musical impressiona. Em 26 de fevereiro de 1863, o maestro português Samuel Antônio dos Santos, com diversas famílias friburguenses, especialmente Bravo, Sardou, Merecci, Eckert, Folly, Martignoni, entre outras, fundou a Sociedade Musical Beneficente Euterpe Friburguense, banda de música civil mais antiga do Estado do Rio e uma das mais longevas de todo o Brasil, em atividade ininterrupta por esses mais de um século e meio.
Em razão da proximidade do aniversário da Euterpe coincindir com o pós-carnaval, a diretoria da agremiação musical vem acertando com a Secretaria Municipal de Cultura, a realização de eventos comemorativos no mês que vem, a princípio programados para os dias 11 e 12 de março (sábado e domingo), segundo informou o presidente da Euterpe, Paulo Benitez da Silva.
Duas décadas do maestro
Outro marco das celebrações da Euterpe é os 20 anos de atuação do maestro Nelson José da Silva Neto a frente da regência da banda. A estreia dele ocorreu durante o Festival de Inverno, na ilha do Nova Friburgo Country Clube, em julho de 2003. Nelsinho, como é conhecido na agremiação, anuncia que está programando para março novas oficinas de instrumentos de sopro, com professores de música da UniRio, numa oportunidade de aperfeiçoamento dos músicos e alunos da Escola de Música Maestro Samuel Antonio dos Santos, da Euterpe, que é uma pioneira escola profissionalizante do município, fundada também junto com a banda.
Uma emocionante trajetória
O 160° aniversário da Euterpe Friburguense é uma marca que honra não só Nova Friburgo, mas todo o país, por manter e preservar a tradição deste patrimônio musical, atravessando tantas gerações. A banda que surgiu de uma promessa de seu maestro fundador, em alto mar, na travessia marítima entre Lisboa e Buenos Aires, em 1858, nos dias de hoje representa um exemplo de resistência e superação de tantas dificuldades, através dos tempos.
Antecedendo o aniversário da Euterpe, aproveitando mais uma vez a ocorrência próxima ao período carnavalesco, esse ano o maestro Nelsinho e um grupo de músicos promoveram um resgate da história com apresentações relâmpagos do bloco ‘Confraria da Euterpe’, reeditando antigos carnavais, em que os bailes da sede da agremiação eram animados pelas chamadas liras daquela época. Com apresentações na frente da sede, e na Praça do Lúpulo (ambas na Avenida Euterpe e ainda na Estação Livre, antiga rodoviária urbana César Guinle, na Praça Getúlio Vargas), o grupo deu apenas uma pequena demonstração do que poderá ser os futuros carnavais da ‘Centenária das Centenárias’.
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