Nesta quarta-feira, 7, celebra-se o Dia Internacional de Luta contra a Endometriose. A data busca não apenas reconhecer a força daqueles que lutam contra a doença, sejam pacientes ou profissionais, mas também serve ao propósito de conscientização da sociedade. Dessa forma, é possível incentivar as mulheres a buscar atendimento de rotina, melhorando as chances do diagnóstico precoce, fator que contribui para o tratamento adequado e impede complicações, como a infertilidade.
Essa doença crônica afeta uma em cada dez mulheres no país, segundo a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva. Estima-se que, no Brasil, o número de mulheres com a doença ultrapasse seis milhões. No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 176 milhões de mulheres.
O que é endometriose
Endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. A endometriose é geralmente encontrada no abdome inferior, ou pélvis, mas pode aparecer em qualquer parte do corpo.
As mulheres com endometriose geralmente têm dores no período menstrual, infertilidade e dores nas relações sexuais, além de relatar dificuldade em engravidar. Por outro lado, algumas mulheres com endometriose podem não apresentar nenhum sintoma. A condição pode ocorrer em diversas gerações de uma mesma família. Normalmente, a endometriose é diagnosticada entre 25 e 35 anos, mas pode se iniciar já alguns meses após o início da primeira menstruação.
Fatores de risco
Mulheres com mãe ou irmã com endometriose têm seis vezes mais probabilidade de desenvolver a condição. Entre os principais fatores de risco estão:
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Menstruar muito cedo
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Não ter tido filhos
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Ciclos menstruais frequentes
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Menstruações que duram muitos dias
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Problemas como hímen perfurado, que bloqueia a passagem do sangue da menstruação
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Anormalidades no útero.
Riscos da endometriose durante a gravidez
Pessoas com endometriose podem ter maior probabilidade de sofrer durante a gravidez e durante o parto, embora isso seja raro. A maioria das mulheres com endometriose é capaz de ter uma gravidez saudável e sem complicações. Não há testes de monitoramento específicos ou tratamentos para pessoas grávidas e com endometriose. No entanto, ter endometriose pode aumentar ligeiramente o risco das seguintes complicações:
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Pré-eclâmpsia
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Placenta prévia
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Nascimento prematuro
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Necessidade de cesariana
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Aborto espontâneo
Exames que detectam a endometriose
Exame pélvico com toque vaginal e retal: em que o médico investiga a busca de anormalidades na região pélvica.
Ultrassom: a análise das imagens permite ao médico averiguar se há presença de cistos nos órgãos da região pélvica.
Ressonância magnética: pode detectar, especialmente, a presença de cistos endometrióticos e a endometriose profunda.
Laparoscopia: devido aos avanços dos exames de imagem, a laparoscopia é cada vez menos usada como método diagnóstico - seu papel atual é o de opção de tratamento quando já há suspeita.
* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em informações do site endrometriosetemtratamento.com.br. Supervisão de Henrique Amorim
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