Bronquiolite: Estado capacita profissionais que atuam em urgência e emergência

Diagnóstico precoce da infecção respiratória é importante para evitar agravamento da doença
segunda-feira, 17 de junho de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
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Com a chegada do inverno, na próxima quinta-feira, 20, período mais frio do ano, aumentam os números de casos de bronquiolite, infecção viral que pode se tornar grave, especialmente em crianças de até dois anos. Para aprimorar a assistência oferecida nas Urgências e Emergências da rede estadual, a Secretaria de Estado de Saúde iniciou, na sexta-feira passada, 14, uma série de capacitações voltadas para profissionais de saúde. 

O projeto conta com mais 650 inscritos para as aulas que estão sendo realizadas nesta desta semana: começaram ontem, segunda-feira, 17, e vão até a próxima sexta, 21. Segundo Caio Souza, subsecretário de Atenção à Saúde da SES-RJ, as capacitações são fundamentais para a troca de experiências entre os profissionais e a oferta de um atendimento cada vez mais qualificado. 

“O primeiro atendimento é fundamental para garantir que as crianças tenham o diagnóstico preciso e recebam o cuidado devido. O que para o adulto seria uma gripe pode se tornar um caso grave de bronquiolite em bebês e crianças de até dois anos. Por isso, nosso curso envolve médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Vamos realizar três dias de capacitação com uma adesão muito significativa de nossos profissionais”, comemora o subsecretário. 

A bronquiolite é uma infecção viral que compromete a via aérea inferior e provoca desconforto respiratório. Se não for identificada nos três primeiros dias, pode se tornar bastante grave, ocasionando sequelas ou até mesmo a morte. A doença afeta, principalmente, crianças de até dois anos de idade, e se torna mais comum entre o outono e o inverno. De abril para cá, o aumento de casos tem sido mais intenso não somente no estado do Rio, mas em todo o país. 

As vacinas contra a gripe e a Covid ajudam a diminuir as chances de gravidade da doença, mas não há imunizante para os outros tipos de vírus que também causam a bronquiolite, dentre eles o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). 

As palestras estão sendo ministradas por Bruno Bohme, médico intensivista pediatra do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj) e coordenador da Pediatria do Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz (Hercruz), e Raquel Zeitel, chefe da UTI Pediátrica do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj). 

VSR predomina em crianças e idosos

O Panorama de Síndrome Respiratória Aguda Grave e Vírus Respiratórios (Panorama SRAG), analisa também os tipos de vírus que predominam nas diversas faixas etárias dos pacientes internados e as solicitações de leitos feitas por meio do Sistema Estadual de Regulação. As crianças com idade até 4 anos seguem como a faixa etária com maior número de internações. 

Nessa faixa, segundo dados do Painel Viral do Lacen, os principais agentes infecciosos são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um dos causadores da bronquiolite (51,2%), e o Rinovírus (25,2%). Apesar de pequena redução, as solicitações de leitos para esse público se mantêm elevadas, passando de 254 na semana 20 para 221 na semana 22.

Quase 60% dos casos de SRAG são de crianças

Quase 60% das internações no Estado do Rio de Janeiro por síndromes respiratórias agudas graves são de crianças de zero a 4 anos de idade. Dos 836 casos identificados no Panorama SRAG, divulgado no início deste mês (junho), 497 estão nesta faixa etária.O levantamento da SES-RJ analisou os registros das doenças nas semanas epidemiológicas 18, 19 e 20, que correspondem ao período entre 28 de abril e 18 de maio.

“Temos notado um aumento considerável no número de casos de doenças causadas por SRAG, principalmente a bronquiolite, nas crianças em todo o estado. É importante lembrar que em casos de sintomas, deve-se procurar uma unidade de saúde para que o atendimento seja feito o mais rápido possível”, informa a secretária de Saúde, Claudia Mello.

A bronquiolite é causada pela inflamação dos bronquíolos, vias aéreas inferiores de calibre muito pequeno que levam oxigênio para os pulmões. É mais comum em crianças menores de 2 anos e pode se agravar em pouco tempo se não for tratada corretamente. Os sintomas mais comuns são: coriza, tosse leve, febre persistente (mais de três dias), respiração acelerada e com dificuldade, além de fadiga.

O percentual de internações por essas síndromes na faixa etária de 80 anos ou mais permanece estável, com os vírus Influenza do tipo A (12,86%) e o rinovírus (8,78%)  sendo os principais causadores das doenças. 

(Fonte: Agência Brasil)

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