A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta semana a expectativa de que as tarifas de energia terão um aumento médio de 5,6% este ano, acima da inflação prevista pelo mercado financeiro, de 3,86%.
A informação foi divulgada pelo diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em entrevista à CNN Brasil. Umas das principais fontes de pressão sobre as tarifas de energia elétrica é o aumento da conta de subsídios pagos ao setor. Neste ano, por exemplo, o total de subsídios pagos pelos consumidores chega a R$ 37 bilhões, representando quase 15% da tarifa.
Em entrevista ao jornal Extra, do Rio de Janeiro, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, afirmou que o Ministério da Fazenda pretende fazer um pente-fino sobre essas despesas. São subsídios, por exemplo, para comprar óleo diesel e gerar energia em regiões isoladas. Esses subsídios vêm crescendo todos os anos. Em 2018, por exemplo, eram R$ 18,8 bilhões.
“Chegamos a R$ 37 bilhões (de subsídios embutidos). Temos energia barata e conta de luz cara. Este ano queremos fazer uma revisão total, junto com o Ministério de Minas e Energia (MME), sobre como poderemos reduzir o impacto desses subsídios nas contas de luz dos brasileiros”, disse Pinto.
A projeção da Aneel está abaixo da estimativa feita pela Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), que prevê alta de 6,58%. Para alguns estados, no entanto, como Minas Gerais, os reajustes podem chegar a 15%, segundo a associação. O percentual de reajuste de cada distribuidora ainda será calculado. (Jornal Extra)
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