Do total de 3.476.226 inscritos, 2.490.880 milhões participaram do primeiro dia de provas e 2.351.513 milhões do segundo dia. O nível de ausência dos candidatos foi considerado dentro da normalidade, pelo Inep. "De maneira geral, o Enem 2022 foi uma edição de sucesso, com poucos casos de reaplicação, as taxas de abstenção dentro da perspectiva estimada. Sabemos que durante a pandemia tivemos taxa de abstenção um pouco maior, mas que já voltou a patamares normais", avaliou o ministro da Educação, Victor Godoy.
A média histórica de abstenção no Enem, segundo o Inep, é de cerca de 27%. Este ano, as faltas foram de 26,7% no primeiro dia e 32,4% no segundo dia. "Do primeiro dia para o segundo dia houve uma variação de mais ou menos 137 mil pessoas [no Enem impresso], o que é um número baixo considerando geralmente aquele aluno que não vai bem no primeiro dia de prova e acaba se desestimulando para a segunda prova", disse o ministro.
Ainda segundo o Inep, 5.126 participantes foram eliminados das provas por desrespeitarem as regras do exame, ou seja, por portarem equipamentos eletrônicos, não atenderem às orientações dos fiscais, utilizarem materiais impressos ou ausentarem-se do local de prova antes do horário permitido.
Durante a realização do exame, pelo menos 193 estudantes foram afetados por problemas logísticos como emergências médicas durante a realização das provas, interrupção temporária de energia elétrica e problemas com abastecimento de água. Desses, 162 estavam fazendo o Enem impresso e 31, o digital.
O Enem digital registrou o maior número de ausências. Mais da metade dos estudantes inscritos nessa modalidade não compareceram ao exame. De acordo com Godoy, isso mostra que o Enem digital "ainda não pegou".
"O Brasil é muito extenso, com muitos locais de aplicação de prova, e esse modelo de levar computado para a sala de aula, para o aluno fazer a prova com o computador, não é muito escalável. Tem que achar um modelo que seja escalável, que tenha atratividade e que mantenha a segurança do exame", defendeu o ministro.
Futuro do Enem
Segundo o presidente substituto do Inep, Carlos Moreno, a autarquia está desenvolvendo as matrizes das futuras edições do Enem que deverão ser adaptadas a partir do novo ensino médio. "Isso será aplicado em 2024, mas ainda este ano queremos divulgar e publicar o cronograma do Enem 2023, para que as pessoas possam se programar com antecedência", disse.
Após a divulgação dos resultados do Enem serão abertas as inscrições para os processos seletivos que utilizam a avaliação como forma de ingresso no ensino superior, em data ainda a ser divulgada. (Agência Brasil)
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