Chegou ao fim mais uma passagem de Gerson Andreotti pelo Friburguense. Um dos técnicos com mais história pelo clube está de mudança para Portugal, onde vai buscar novos desafios profissionais e pessoais. O acordo para dirigir o Tricolor apenas durante a Taça Santos Dumont, o primeiro turno do Campeonato Carioca da Série A2, já previa essa interrupção do trabalho. Bem como já eram conhecidas as dificuldades a serem enfrentadas, especialmente no primeiro momento.
“Estou muito feliz em ter concluído o que eu havia combinado com o Siqueira (gerente de futebol) durante esses dois meses. Cheguei para iniciar o campeonato, com uma dificuldade grande no início, mas com uma expectativa de melhora. Foi assim que aconteceu. Tivemos um começo muito difícil, principalmente nos dois primeiros jogos, e no terceiro já começou a melhorar. Sei que em termos de pontuação poderia acontecer de forma melhor, mas está tudo dentro do esperado pelo momento”, disse Andreotti.
Desde a estreia contra o Volta Redonda até o duelo com o Gonçalense / Petrópolis, a evolução coletiva e individual da equipe foi notória. Algumas peças como Lucas Melo, Maurício, Barrozo, Mirral e Renato foram ganhando espaço. O entrosamento melhorou, e nos dois últimos jogos, o Friburguense foi superior aos adversários. Ainda não é possível afirmar se o crescimento é suficiente para brigar pelo acesso à primeira divisão, mas a expectativa é de um segundo turno melhor em relação ao primeiro.
“Tenho certeza de que o time ganhou uma cara, uma identidade, um perfil. É um grupo muito solidário. Todas essas mensagens, na prática, foram construídas, e eu espero um comportamento diferente no returno. Conversei com eles na minha despedida, e reforcei que temos turno para fazer um excelente segundo turno”, completou.
A partir desta quarta-feira, 22, quando o Frizão encara o América, às 15h, no Giulite Coutinho, o clube ganha mais um torcedor, ainda que de longe. Andreotti garante que o grupo assimilou as ideias de trabalho apresentadas, e se mostra satisfeito com o comportamento dos atletas durante a sua breve passagem por Nova Friburgo.
“Fico feliz por ter participado com esse grupo, e satisfeito pela forma como os jogadores se comportaram, principalmente nesses jogos finais. Prova que houve uma assimilação muito grande dentro daquilo que eu penso. Não estarei presente fisicamente, mas de coração, torcendo e mandando as minhas vibrações positivas para o Friburguense”, disse.
Gerson chegou ao Friburguense para a sua primeira passagem em 2011, e comandou a equipe na histórica campanha do acesso. Em 2013, depois do Carioca, ele foi "emprestado" ao Macaé para jogar a Série C do Brasileiro, mas retornou com o fim da competição. Foram 164 jogos oficiais, sendo 63 vitórias, 48 empates e 53 derrotas.
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