Devido ao nível crítico nos reservatórios das usinas hidrelétricas em todo o Brasil com a escassez de chuvas neste período do ano, a Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) decidiu na última sexta-feira, 29 de maio, acionar o patamar mais alto do sistema de bandeiras tarifárias nas contas de luz em junho. Com a bandeira vermelha patamar 2, a conta de energia elétrica dos consumidores brasileiros ficará ainda mais cara neste mês, com a cobrança adicional de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em nota, a agência explicou que maio foi o primeiro mês da estação seca nas principais bacias hidrográficas do SIN (Sistema Interligado Nacional). Por isso, junho deve começar com os principais reservatórios em níveis mais baixos do que o normal para esta época do ano, o que indica redução na geração de energia nas usinas hidrelétricas e necessidade de adicionar mais usinas térmicas, que geram energia mais cara.
A última vez que a agência reguladora adicionou o patamar mais alto da bandeira tarifária foi em dezembro de 2020, após meses sem a cobrança adicional por conta da pandemia. Em maio também vigorou a bandeira vermelha, mas no patamar 1, cuja cobrança é foi R$ 4,169 a cada 100 kWh consumidos.Nos meses anteriores, de janeiro a abril, vigorou a bandeira amarela, com taxa adicional de R$ 1,343 a cada 100 kWh.
É importante mencionar que o sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar ao consumidor o custo da geração de energia elétrica no país. Na prática, as cores e modalidades - verde, amarela ou vermelha- indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz.
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