O Movimento Volta às Aulas NF fez uma manifestação silenciosa na manhã deste sábado, 1º de maio, em apoio ao Decreto Municipal 982, de 29 de abril de 2021, que autoriza o retorno às aulas presenciais, com as medidas de distanciamento e de protocolos de segurança sanitária, exceto na bandeira Roxa do Estado do Rio de Janeiro. O Movimento também reivindica o retorno presencial para todas as escolas, públicas e particulares. “A mesma ciência que criou as vacinas já provou que o lugar mais seguro para as crianças é a escola, durante a pandemia. Os prejuízos sociais, emocionais e pedagógicos são muito maiores que o risco mínimo de transmissibilidade entre crianças e de cria nças para adultos”, explica Hilarion Hoffmeister Vasques, membro do Movimento Volta às Aulas NF.
A Praça do Suspiro foi coberta por balões de gás coloridos, que representavam as crianças, que estão há mais de um ano e um mês fora das salas de aula, devido às medidas de isolamento social impostas pela pandemia da Covid-19. O distanciamento entre os balões foi o mesmo determinado para as carteiras nas salas de aula. Havia também faixas com declarações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas pra a Infância (Unicef), apoiando o retorno às aulas presenciais. “ Estudos feitos no Brasil e em diversos países demonstram que, mesmo com as novas cepas, o retorno às aulas presenciais não impactou no aumento de casos de Covid-19”, esclarece Hilarion.
O Decreto Municipal 982 foi publicado na noite de quinta-feira, dia 29 de abril. E, na sexta, dia 30, saiu o Mapa de Risco do Estado, classificando Nova Friburgo com risco muito alto de contágio (Bandeira Roxa), para a próxima semana, a única que impede o retorno às aulas presenciais. “O Decreto Municipal autorizando o retorno às aulas nas bandeiras vermelha, laranja, amarela e verde do mapa de risco do Estado do Rio foi uma grande conquista dos pais que lutam pelo direito constitucional à educação das crianças”, comemora Amanda Calixto, mebra do Movimento Volta às Aulas NF, completando que “nosso desejo é não ver uma criança sequer fora das salas”.
Sindicatos são contrários ao retorno das aulas presenciais
O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) e Sindicato dos Professores do município de Nova Friburgo (SiNPRO) se manifestaram contrários ao Decreto que autoriza o retorno das aulas presenciais em suas redes sociais. “Por óbvio, trata-se, portanto, de um retorno inseguro, açodado, irresponsável e desconexo da realidade que vivemos, onde a crise da saúde pública soma-se a falta de estruturas de transporte e nas escolas, especialmente na rede municipal, e ganha contornos dramáticos diante da ineficiência do poder público em implementar a devida testagem em massa e a vacinação. A própria PMNF e a Secretaria Municipal de Educação afirmam inclusive, sem o devido constrangimento, que estão sucumbindo à insistência de agentes do Ministério Público e da Defensoria local que, ao que parece, tomaram o lugar do Prefeito com permissão do próprio, o qual, covardemente, assume para si o retorno inconsequente e potencialmente fatal, mas não assume a responsabilidade de gestão que lhe foi delegada na última eleição por mais de vinte mil friburguenses. SEPE e SINPRO de Nova Friburgo seguirão tomando todas as medidas cabíveis e possíveis contra mais esse absurdo imposto pelo poder Executivo, independente de quem esteja no comando efetivo deste. Repudiamos essa política de violência à saúde pública e as manobras espúrias de Johnny Maycon (Republicanos) que manipula o bandeiramento estadual em favor de seu próprio negacionismo, deturpando os critérios (já não muito eficientes) do governo do estado para atender aqueles que parecem ser seus superiores, a saber, setores das elites econômicas locais e seus comparsas de uma certa casta no funcionalismo público.”
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