Nesta quinta-feira, 15, comemora-se o Dia Internacional do Ciclista. A data foi criada não só para exaltar aqueles que utilizam a bicicleta como meio de transporte e lazer, como para ampliar o conhecimento dos benefícios de se praticar a atividade. Segundo especialistas profissionais de Educação Física, pedalar melhora o condicionamento físico e aumenta a capacidade cardiorrespiratória. A prática está entre as mais apropriadas na prevenção e tratamento de doenças como: hipertensão, colesterol alto, infarto do miocárdio, entre outras.
Ainda de acordo com estes profissionais, andar de bicicleta auxilia ainda na prevenção de distintos problemas decorrentes do sedentarismo. É necessário, no entanto, realizar uma avaliação médica para definir a intensidade do exercício, visto que cada indivíduo conta com um determinado peso e condicionamento físico.
Desde agosto do ano passado, Rômulo Bittencourt não é mais um “escravo do transporte público”. Motivado por essa liberdade, ele comprou uma bicicleta e, desde então, faz uso com frequência do veículo, superando suas expectativas. “A bike mudou minha saúde física, minha saúde mental. Se estou feliz, vou pedalar, se estou triste, vou pedalar. Melhor que qualquer remédio. Pedalar em Friburgo, no entanto, é um desafio diário, pela falta de faixas adequadas e falta de educação de alguns motoristas, mas isso é facilmente recompensado quando saio para um pedal diferente, no prazer em descobrir novos lugares e na certeza que os desconhecidos irão se tornar colegas no esporte. MTB é uma família, e ela está crescendo!”, comemorou Rômulo.
O ciclista Arnoldo Borges tem na bicicleta uma aliada para fins de entretenimento. “O ciclismo está inserido em minha rotina como uma atividade desestressante e física. Pedalo principalmente como lazer. Como meio de transporte, utilizo apenas no centro da cidade, onde trabalho”, conta. Arnoldo afirma que costuma pedalar três vezes por semana, com uma média de 50 quilômetros por dia, “para manter o pique”. Por conta da pandemia, o ciclista precisou ampliar o número de acessórios na sua bicicleta. “Sempre usando máscara e com grupo pequeno de pessoas amigas ou sozinho”, completa.
Via compartilhada
Em 2020, ainda sob a gestão do ex-prefeito Renato Bravo, a tão sonhada ciclovia saiu do papel. Pedido sempre constante dos praticantes do ciclismo, a obra que foi entregue além do prazo inicial e contou com muitas polêmicas foi de grande valia, na visão de Arnoldo. “Na minha opinião, muitas pessoas se beneficiaram com a ciclovia, ou melhor, calçada compartilhada. Que seja apenas a primeira de muitas que se fazem necessárias em nossa cidade. Como a ligação de Conselheiro Paulino à Olaria. O povo ainda está se acostumando, já que nossa cidade não tem essa cultura de calçada compartilhada, sem entrar no detalhe do custo alto e do prazo esgotado duas vezes”, diz Arnoldo.
Sobre o trecho que pegou absorveu uma das pistas da Avenida Euterpe Friburguense, o ciclista sugeriu algumas mudanças no projeto original, mas a resposta dos engenheiros responsáveis pela obra, foi a de que seria mais problemático “pois o trânsito de acesso à ponte da Rua Sete de Setembro iria ficar muito prejudicado sem a pista de paralelepípedos, onde poderia ser a calçada compartilhada.”
Estímulo à atividade
Sem dúvidas, após a criação da via compartilhada, os friburguenses se sentiram mais estimulados à prática do ciclismo. Arnoldo espera que haja mais engajamento por melhorias no setor de transporte como um todo e, claro, principalmente em relação aos usuários de bicicletas.
“Espero que venham novas pessoas com disposição de continuar lutando por melhorias para o uso da bicicleta em Nova Friburgo. Cansa mais lutar por nossos direitos do que pedalar subindo as lindas trilhas e serras de Nova Friburgo. Precisamos de investimento em campanhas, sinalização e mais gente trabalhando. A via expressa é um exemplo. Todo dia muitas pessoas caminham ou pedalam por lá e nunca existiu uma placa sequer sinalizando alguma coisa. No início, no meio e no final da via expressa, temos cruzamentos de carros e nem uma faixa, placa ou semáforo tem. Nada! Fui informado no governo passado que tinham um projeto de reurbanização para lá. Será? Seja você pedestre, motorista ou ciclista, sinalize a direção que você vai virar, use a buzina, a boca ou apito. Mas seja visto!”, alertou Arnoldo.
Luta constante
“Para estimular o uso da bicicleta e do ciclismo, desde o início do governo passado, em nome da Acima (Associação de Ciclistas de Montanha e Asfalto) falamos na Câmara de Vereadores e com o então prefeito Renato Bravo, que nossa cidade precisa urgentemente de uma grande campanha de trânsito e mais fiscalização”, pediu Arnoldo.
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