Manter um veículo de Comunicação sério e comprometido com as demandas da sociedade, respeitando a ética e em busca da verdade, sempre foi um desafio desde o surgimento dos primeiros impressos no nosso país, em 1808.
Manter tal nível de comprometimento nas cidades do interior, com as pressões que a situação econômica, política e financeira impõem é um desafio maior ainda.
Por isso, A VOZ DA SERRA se destaca como um exemplo de veículo que busca cumprir sua missão de informar à população friburguense, refletindo as realizações de nossa gente.
Muitos foram os desafios nestes 76 anos, mas certamente poucos foram maiores que o surgimento das mídias digitais que, se por um lado apoiam e ajudam tanto na produção, apuração e divulgação das notícias, por outro permitem que a desinformação — capitaneada por pessoas cujos interesses escusos visam manipular a percepção da sociedade com informações parciais e falsas — seja irradiada em larga escala via internet, causando danos sociais imensos.
Daí a necessidade de veículos que praticam jornalismo com correção, como A VOZ DA SERRA.
Na ânsia de combater a desinformação surgiram até agências de checagem. Mas pensem comigo, quem legitima estas agências? Não são órgãos oficiais e nem existem na legislação como reguladoras. Não creio que possamos confiar nelas, mas em veículos que conhecemos pela sua trajetória, pelo trabalho diário que desenvolvem há muitas décadas e por sabermos quem são os profissionais que lá atuam.
Ver A VOZ DA SERRA chegar quase que diariamente aos mais longínquos cantos da cidade, é uma prova que o jornalismo local e comunitário não morreu.
Num Brasil onde as assessorias de imprensa oficiais (ou as que trabalham para instituições do estado) usam dinheiro público para — em muitas situações — mentir para a população, veículos de imprensa serão objeto de ataque de partidos políticos, governos e de interesses privados e corporativos, mas devem se manter fiéis à sua missão de informar na defesa da democracia e da sociedade.
Por isso, conclamo a todos os friburguenses a manterem viva esta bandeira que é A VOZ DA SERRA, não apenas no respeito e admiração, mas assinando o jornal (o valor é realmente muito baixo), compartilhando as informações do site, participando como leitor ativo das promoções e também contatando a redação com sugestão de matérias interessantes.
Os empresários precisam manter a publicidade no jornal (numa divulgação casada com o site) e também usar o espaço de A VOZ DA SERRA para criar em suas campanhas conceito de marca forte para seus produtos, num profissional esforço de comunicação multimeios, no qual a mídia local tem papel fundamental.
Creio sinceramente que o jornalismo comunitário será cada vez mais útil, pois neste mundo comunicativo e global, quem aborda a realidade local com o rigor e a ética que o jornalismo exige é o jornal da cidade e não os oportunistas de plantão da internet, em busca de dinheiro fácil ou cargo público, sem qualquer zelo com a ética.
Por isso, A VOZ DA SERRA tem papel importante na sociedade e será sempre um porto seguro de informações confiáveis a população friburguense.
* O professor Jorge Antônio Maroun é coordenador do Curso de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá | Campus Nova Friburgo.
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