Dentre os milhares de candidatos espalhados pelo país, diversos nomes ligados ao esporte tentaram uma vaga no mundo da política. E vários deles conseguiram se destacar, inclusive no Estado do Rio de Janeiro. Romário, por exemplo, foi eleito para o Senado, com 2,3 milhões de votos. Em Nova Friburgo, o ex-jogador obteve 35.323, sendo o preferido de 36,46% dos friburguenses.
Um dos grandes nomes das provas de fundo da natação brasileira, Luiz Lima foi reeleito com 69.082 votos, sendo 10.993 deles depositados por eleitores de Nova Friburgo, tornando-o o candidato a deputado federal mais votado na cidade.
Quem também se elegeu foi o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello (PSC). Responsável pelo processo de saneamento das dívidas do clube entre 2013 e 2018, ele recebeu 72.571 votos para deputado federal no Rio de Janeiro. Outro dirigente do rubro-negro, o vice-presidente de futebol da atual gestão, Marcos Braz (PL), obteve 38.492 votos, mas não foi eleito para o Congresso Nacional.
Ainda no Rio de Janeiro, personagem folclórico do futebol brasileiro, o técnico Joel Santana alcançou 2.200 votos não se elegeu como deputado federal pelo estado. Aos 73 anos, “Papai Joel”, como é carinhosamente chamado, está longe dos holofotes do futebol desde 2017, quando trabalhou nos Estados Unidos. O ex-técnico de futebol fez carreira no Rio de Janeiro, comandando todos os gigantes do estado, sendo campeão por todos eles, e ainda teve passagens por times como Corinthians e Internacional.
Bebeto, craque e eterno parceiro de Romário na Copa do Mundo de 1994, conseguiu ser ídolo nos rivais Vasco e Flamengo jogando como atacante. Na vida política, foi eleito deputado estadual no Rio de Janeiro em 2018 com mais de 25 mil votos. Agora, o ex-jogador não conseguiu se eleger para o cargo de deputado federal pelo Rio.
Em outros estados também há nomes do esporte que conseguiram votações de destaque. Maurício Souza, jogador de vôlei, alcançou uma vaga entre os deputados federais de Minas Gerais, com 83.267 votos. Alexandre Kalil (PSD), ex-presidente do Atlético-MG, foi o representante do esporte com mais votos. Ele recebeu 3,7 milhões de votos, mas acabou em segundo lugar na disputa para o governo do estado. Romeu Zema (Novo) conseguiu a reeleição no primeiro turno com seis milhões de votos.
Ídolo do Corinthians, o ex-atacante Dinei tentava se eleger como deputado federal com uma campanha que provocava seu histórico rival, o Palmeiras. Na vida extracampo, Dinei já participou dos realitys shows "A Fazenda", "Ilha Record" e "Power Couple", todos da Record TV. O ex-jogador se candidatou pela sétima vez, mas não conseguiu uma cadeira. Lenda do MMA, Wanderlei Silva tentou se eleger em 2018 como deputado federal, mas não conseguiu. Agora voltou a falhar. Como lutador, Wanderlei disputou 50 lutas e venceu 34, sendo uma das estrelas do japonês Pride, o evento mais importante do MMA no mundo antes da ascensão do UFC após fazer a transição para os EUA.
Tandara Caixeta, do vôlei, suspensa por quatro anos após ser flagrada no antidoping nas Olimpíadas de Tóquio, no ano passado, tentou a transição de carreira para a política. Durante a campanha, a jogadora se envolveu em uma polêmica ao criticar um desenho que continha um casal com duas mães. Ela não conseguiu se eleger como deputada federal e pretende voltar ao vôlei.
Outros nomes do esporte que não se elegeram foram Leila (ex-jogadora de vôlei), que ficou em 5º lugar na disputa para o Governo do Distrito Federal; Douglas 'Maestro Pifador' (ex-Grêmio e Corinthians), não se elegeu para deputado federal pelo Rio Grande do Sul; João Derly (ex-judoca), não se elegeu para deputado estadual pelo Rio Grande do Sul; Ceará (ex-Cruzeiro), não se elegeu para deputado federal por Minas Gerais; Vanderlei Cordeiro Lima (maratonista); não se elegeu para deputado federal pelo Paraná e Gilson Kleina (treinador do Brusque), não foi eleito deputado federal por este mesmo estado.
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