Produção de flores começa a ser aquecida com a flexibilização da economia

Floricultores de Friburgo e Bom Jardim visitaram o Centro de Abastecimento de São Pedro da Aldeia para ampliar a comercialização pelo interior
sexta-feira, 17 de setembro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
O produtor José Ernani, um dos que estiveram no Ceasp (Fotos: Nazaré Dias)
O produtor José Ernani, um dos que estiveram no Ceasp (Fotos: Nazaré Dias)

Com o aumento do número de pessoas vacinadas contra a Covid-19, a flexibilização das regras de isolamento e a retomada gradual dos eventos, um dos setores que mais foram prejudicados com a pandemia, mas que começam a ser aquecidos, é o da floricultura de corte - notícia que coincide com a proximidade da estação mais colorida e perfumada do ano, a primavera que começa oficialmente na próxima quarta-feira, 22.

Pensando na ascensão da produção, a diretoria do Centro de Abastecimento de São Pedro da Aldeia (Ceasp), na Região dos Lagos, convidou um grupo de floricultores de Nova Friburgo e da vizinha Bom Jardim para visitar a etapa final das obras do empreendimento, em São Pedro da Aldeia. A visita aconteceu no último fim de semana e teve como objetivo apresentar a importância de os produtores investirem num novo espaço para comercialização de cravos, rosas, margaridas, crisântemos, bromélias, palmeiras ornamentais e outras espécies de plantas.

“Atualmente, toda a produção de flores da Região Serrana do Rio é destinada à comercialização na capital fluminense. Com a inauguração do Ceasp, prevista para o próximo dia 28 de outubro, nossa expectativa é de também poder oferecer ao consumidor atacadista e varejista uma ala só de flores, uma vez que os estudos que fizemos apontam viabilidade para isso. Por esse motivo, convidamos os produtores da serra para apresentarmos uma proposta para que sejam parceiros do centro de abastecimento”, disse Gustavo Scarambone, um dos sócios-empreendedores do Ceasp.

O presidente da Cooperativa de Floricultores da Região Serrana, João Vitorino, acredita na expansão da comercialização das flores produzidas. “Vargem Alta, localidade do distrito friburguense de São Pedro da Serra, e Venda Azul e São Domingos, de Bom Jardim, se destacam pela produção de flores e são consideradas a segunda maior região produtora do Brasil. Hoje, comercializamos apenas no Cadeg, no Rio. Contarmos com a possibilidade de um novo espaço comercial gera muito otimismo. Vamos avaliar muito em breve a melhor maneira de estarmos presentes no CEASP”, declarou Vitorino.

Para a Emater, a “descentralização” da comercialização de flores pelo interior do estado aumenta a possibilidade de negócios não apenas para a floricultura, mas também para o setor de hortifrutigranjeiros. O setor de floricultura de corte foi um dos mais atingidos durante a pandemia, no setor primário, devido a suspensão de  eventos, como casamentos, confraternizações e regras de isolamento social. 

Os eventos respondem por cerca de 80% do consumo da floricultura de corte no país. Então, a pandemia trouxe um baque muito grande para os produtores, que perderam a produção de aproximadamente três meses. Daí eles tiveram que se reinventar para manterem algum tipo de renda. Foi então que começaram a produzir outros tipos de cultura, mas que agora começam gradualmente a ser substituídas pelas flores. O Ceasp é um centro de abastecimento de alimentos e também conhecido como o primeiro shopping rural da Região dos Lagos. 

 

 

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