Procon identifica variação de cerca de 35% nos preços do arroz e do feijão

Fiscais do órgão estiveram também em supermercados de Nova Friburgo
segunda-feira, 01 de novembro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
A fiscalização do Procon (Divulgação)
A fiscalização do Procon (Divulgação)

Equipes do Procon do Estado do Rio de Janeiro realizaram nas duas últimas semanas de outubro um levantamento de preços de produtos que são base da alimentação dos brasileiros. A pesquisa foi solicitada pela Secretaria estadual de Defesa do Consumidor para monitorar os valores cobrados pelo arroz e feijão, a fim de apurar se a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) concedida pelo Governo do Estado do Rio para estes dois alimentos vai trazer redução de preços para os consumidores fluminenses a partir deste mês quando a isenção começou a valer. Na fiscalização, os agentes identificaram variação de até 37% nos preços do arroz e de até 35% no feijão, quando comparado o produto da mesma marca em diferentes supermercados dos mesmos municípios visitados. Equipes do Procon estiveram também em estabelecimentos de Nova Friburgo.

“O arroz e o feijão são alimentos que não podem faltar na mesa dos brasileiros. A lei estadual foi sancionada justamente para ajudar os mais necessitados. Solicitei ao Procon que fizesse essa pesquisa para podermos realizar o monitoramento, e acompanhar se o desconto do ICMS de fato está chegando aos consumidores e também estimular a concorrência entre os fornecedores e os varejistas”, afirmou Léo Vieira, secretário estadual de Defesa do Consumidor.

Óleo de soja, leite, ovos, açúcar, sal, fubá, macarrão, farinha de trigo e farinha de mandioca também foram pesquisados em 34 supermercados de 11 municípios das regiões Metropolitana, Serrana, da Costa Verde dos Lagos, Norte e Sul Fluminense. Foram visitados estabelecimentos na capital, Nova Friburgo, Niterói, Nova Iguaçu, Nilópolis, Magé, Macaé, Campos dos Goytacazes, Barra do Piraí, Mangaratiba e Cabo Frio. 

O presidente do Procon alerta que apesar da lei estadual 9391/21 ter entrado em vigor em 2 de setembro, os efeitos da isenção do ICMS do arroz e do feijão incidem desde esta segunda-feira, 1º, primeiro dia útil de novembro, conforme regulamentado por decreto estadual.

“Os levantamentos de preços realizados em outubro, juntamente com o que já havia sido feito em agosto, são muito importantes para o monitoramento dos valores. Durante o mês de novembro outra pesquisa será realizada, para verificar se o desconto do ICMS de fato será repassado aos cidadãos. Os consumidores poderão usar a pesquisa atual como base para saber onde comprar mais barato. O levantamento de preços mostra que, se o consumidor pesquisar, vai conseguir economizar”, observou o presidente do Procon estadual, Cássio Coelho.

A dança dos preços 

Na fiscalização do Procon, os servidores identificaram a maior variação de preço do arroz em todos os municípios visitados. Em supermercados da capital, por exemplo, o pacote de um quilo de arroz, de uma mesma marca, foi encontrado por R$ 5,12 em uma loja e a R$ 6,99, em outra, uma oscilação de 37%. Enquanto o feijão era vendido entre R$ 6,79 e R$ 8,19, o quilo, com diferença de 21%. Em Magé, o mesmo arroz, pacote de cinco quilos, foi encontrado a R$ 37,49 em um supermercado e R$ 29,98, em outro, ou seja, o consumidor economizaria R$ 7,51 se fizesse as compras em estabelecimentos distintos. O feijão também teve variação significativa de preço, de até 18%.

Na blitz realizada pelo Procon em estabelecimentos de Nova Friburgo, constatou-se que o feijão teve oscilação de preço de 20%, sendo vendido por R$ 7,49, o quilo em um supermercado, enquanto o mesmo produto era comercializado por R$ 8,99 no concorrente. Já quanto ao arroz, foi observada variação menor, de 12%.

Demais itens básicos

Os fiscais identificaram também grande variação de preços em outros itens pesquisados que fazem parte da base alimentar dos brasileiros. Com variação percentual acima de 90%, estava o macarrão, no Rio de Janeiro, e o sal, em Macaé. A economia que o consumidor pode fazer ao comprar o leite em Niterói, é de R$ 3,91. Já a diferença de preço do fubá chegou a R$ 2,60 em Campos dos Goytacazes, no norte do estado, que também foi encontrada no açúcar comercializado em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A farinha de trigo oscilou até 49% na capital, enquanto a farinha de mandioca chegou a oscilar 33% em Nilópolis. O óleo foi encontrado entre R$ 8,49 e R$ 10,99, a garrafa de 900 ml, em Mangaratiba, na Costa Verde, a maior variaão observada. Fechando os itens pesquisados da cesta básica, a embalagem com uma dúzia de ovos foi encontrada com preços variando entre R$ 6,99 e R$ 8,19 em Cabo Frio.

O Procon ressalta que todas as comparações de preços citadas foram feitas em relação aos produtos de mesma marca. Destaca ainda que nem todos os itens foram encontrados em todos os estabelecimentos verificados. Este levantamento é um retrato da ocasião em que foi realizada a pesquisa e não há a garantia de que o consumidor irá encontrar os mesmos preços no momento em que for realizar a compra, ainda mais devido as promoções realizadas pelos supermercados, algumas delas com validade de apenas um dia. A pesquisa completa do Procon pode ser acessada através do link: https://bit.ly/pesquisa-arroz-feijao

 

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