Prefeitura realiza limpeza no antigo Sase após denúncias de A VOZ DA SERRA

Além desta ação, o Comitê de Mobilização vai programar mais atividades em diversos bairros e distritos para eliminar focos do mosquito
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Leitor via WhatsApp)
(Foto: Leitor via WhatsApp)

Equipes da Prefeitura de Nova Friburgo estiveram na manhã desta quinta-feira, 22, no antigo Serviço de Assistência Social Evangélica (Sase), realizando uma limpeza no imóvel e seu entorno, com vistas a eliminar focos do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Foram utilizados caminhões para retirada de grande quantidade de lixo e entulho, além de efetuar a capina. A ação foi desencadeada após denúncia de A VOZ DA SERRA sobre potenciais criadouros do mosquito da dengue em imóveis desocupados em Nova Friburgo, alguns deles sob a responsabilidade do município, como o antigo Sase. O mato alto, lixo e o acúmulo de água favorecem a proliferação do Aedes. A sujeira no local vinha incomodando moradores do entorno do prédio.   

O Imóvel que por décadas abrigou o antigo Sase, na Avenida Júlio Antônio Thurler, foi adquirido pela Prefeitura de Nova Friburgo, com o objetivo de instalar ali uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No entanto, moradores do bairro têm demonstrado irritação, alguns, impaciência, não apenas com a demora na instalação da UPA, mas, principalmente com a imundície que tomou conta do prédio e do terreno. 

Segundo uma moradora, “o imóvel e seu entorno estão cheios de lixo, sobras de quentinhas, todo tipo de descarte, inclusive de pessoas que limpam seus jardins e quintais e jogam lá seus dejetos, além do mau cheiro insuportável, que deve ser dos animais mortos jogados ali. Antes da prefeitura desapropriar, ela alegava que não era dona do imóvel, mas, de um ano pra cá, passou a ser proprietária. Se a prefeitura comprou, cabe a ela providenciar a limpeza. Do contrário, é o caso de entrar com um processo contra o governo pelo descaso e irresponsabilidade”, desabafa a moradora.

Após a denúncia, A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo, através da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, realizou no último dia 15, uma reunião do Comitê de Mobilização da Dengue para definir ações de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. A primeira delas foi a limpeza geral do antigo Sase.

Além da ação desta quinta-feira no Sase, o Comitê de Mobilização vai programar mais atividades em diversos bairros e distritos para eliminar focos do mosquito e orientar a população sobre os cuidados básicos, como evitar água parada em quintais e vasos de plantas e lixo em quintais. As ações serão desenvolvidas pelos agentes de endemias.

A subsecretária de Vigilância em Saúde, Alícia Emerich, reforçou a importância do combate à doença, que deve ser diário e de responsabilidade de todos. Ela ainda acrescentou que criadouros do Aedes aegypti podem ser denunciados através do telefone (22) 2543-6293, ou presencialmente na sede na Vigilância, que fica na Rua Augusto Cardoso, 62, no Centro.

Epidemia de dengue no Estado do Rio 

Na quarta-feira, 21, o governador Cláudio Castro decretou epidemia de dengue no Estado do Rio de Janeiro. A medida foi tomada devido ao crescimento do número de casos da doença. Até o momento da assinatura do decreto, haviam sido feitas 49.405 notificações da doença, cerca de 308 por 100 mil habitantes, com quatro mortes (dois na capital, um em Itatiaia e um em Mangaratiba). 

Outra ação anunciada foi a criação do Observatório Dengue RJ, que utiliza tecnologia de ponta e uma equipe técnica de plantão no Centro de Inteligência em Saúde (CIS), dedicada a monitorar, apoiar e dar respostas rápidas às emergências relacionadas à dengue nos 92 municípios fluminenses. Essas ações fazem parte da segunda etapa do Plano Estadual de Combate à Dengue. A vacinação acontece somente na capital e municípios da Baixada Fluminense com reforço de 231.928 doses do imunizante japonês Qdenga. O público alvo são adolescentes entre 10 e 14 anos.

“Decretei epidemia para que o Estado possa atuar de forma mais precisa e segura com as ações necessárias de combate à dengue e que nada falte à população. A decisão foi de acordo com os dados da doença em todo o estado. Em mais de 60 municípios registrou-se aumento de casos por três semanas consecutivas, caracterizando a situação emergencial. Além disso, o decreto agiliza a compra de insumos e diminui a burocracia quando temos necessidades imediatas”, destacou o governador. 

O que faz o CIS 

O Centro de Inteligência em Saúde analisa e disponibiliza os dados da dengue no Painel Monitora. Uma vez por semana a secretaria divulga o Panorama da Dengue, boletim que faz análises da evolução e tendências de transmissão de casos em todas as regiões do estado. Também avalia o cenário a partir dos casos notificados e o aumento de registros em relação ao limite máximo esperado para cada semana epidemiológica. 

Equipes das 27 UPAs da rede estadual de saúde serão reforçadas com médicos e enfermeiros dedicados ao atendimento dos pacientes com dengue. Outra previsão é a conversão de 160 leitos de outras unidades de referência para atendimento, caso seja necessário. 

Panorama da doença 

O Estado do Rio de Janeiro segue com crescimento de casos prováveis de dengue. De acordo com o último boletim epidemiológico já são 49.405 casos notificados este ano (até o último dia 19), número que já alcança os 51.501 registrados em 2023 inteiro. A incidência de dengue atual é de 308 casos por 100 mil habitantes e apesar do Rio estar no nível 2 de ativação do plano de contingência (risco iminente), algumas regiões, como a capital e a Baixada Fluminense tiveram crescimento maior do que o esperado por três semanas consecutivas e atingiram o nível 3 (epidemia) por isso o governador decidiu antecipar decisão do decreto de epidemia.

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