As filas observadas em alguns postos de Nova Friburgo na manhã desta quinta-feira, 10, têm explicação. Após 57 dias, a Petrobras anunciou que fará ajustes nos preços de gasolina e diesel nas refinarias, ou seja, para as distribuidoras a partir desta sexta. No caso da gasolina, a alta será de 18,77%, fazendo o preço mais que dobrar em pouco mais de um ano. O GLP também vai subir, após 152 dias.
O preço médio de venda da Petrobras nas refnarias será:
- Gasolina: passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, avanço de 18,77%.
- Diesel: passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, avanço de 24,9%.
- GLP: passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, alta de 16,06%.
O valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.
Segundo o jornal O Globo, a Petrobras vinha sendo pressionada pelo governo a não elevar os preços, diante da escalada da cotação do petróleo com a guerra na Ucrânia. O governo estudava o congelamento de preços para evitar o impacto da alta dos combustíveis na população.
Importadores de combustível vinham alertando que, se a estatal não reajustasse os preços, isso poderia causar desabastecimento. Em nota, a Petrobras afirmou que, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a empresa "decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo".
"Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", diz a empresa no comunicado.
As ações da Petrobras subiram mais de 4% na Bolsa após o anúncio.
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