Osteoporose: a perda progressiva de massa óssea

Osteoporose é uma doença que enfraquece os ossos, tornando-os mais predispostos a fraturas
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
por Jornal A Voz da Serra
Osteoporose: a perda progressiva de massa óssea

Mais de 15 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, segundo o Ministério da Saúde. Essa doença atinge os ossos, tornando-os frágeis, com mais riscos de se quebrarem, mesmo com pancadas leves ou movimentos mais bruscos. Entre as consequências estão os problemas de mobilidade, especialmente em pacientes idosos. 

A osteoporose é uma condição médica que faz com que os ossos se tornem mais porosos, com perda da densidade, que, por sua vez, facilita a quebra de ossos. Apesar de afetar pessoas de ambos os sexos, é mais comum em mulheres depois da menopausa. Pode também causar perda de densidade em todo o esqueleto, principalmente nos ossos do punho, da coluna e da cabeça do fêmur.

Na origem do problema está a redução dos níveis do hormônio estrogênio, que acaba por impedir a efetividade no depósito de minerais e cálcio nos ossos. Entre os fatores de risco, estão: baixo consumo de vitamina D e cálcio; tabagismo; vida sedentária; diabetes; artrite.

Sintomas: muitas pessoas não sabem que estão com osteoporose e só descobrem a condição depois de sofrerem uma fratura ao realizar movimentos simples ou mesmo sofrer quedas de alturas baixas. No entanto, alguns sinais podem surgir, como dor crônica, diminuição da estatura, perda de qualidade de vida e deformação de ossos ou membros.

Tratamento: envolve o uso de medicamentos como doses complementares de cálcio e vitamina D, exercícios físicos com a orientação de um fisioterapeuta e, em alguns casos, a reposição hormonal.

Dicas que podem ajudar na prevenção ou controle da doença

Entre as causas mais comuns da osteoporose estão o processo de envelhecimento, o uso de alguns medicamentos, condições como a menopausa e doenças da tireoide. O principal exame para o diagnóstico é a densitometria óssea, indicado para mulheres após a menopausa ou a partir dos 45 anos; para os homens, especialistas recomendam o exame a partir dos 70 anos, e pacientes com doenças de tireoide.

A ingestão de cálcio é fundamental para o fortalecimento dos ossos. Adote uma dieta rica em alimentos com cálcio (leite e derivados, como iogurtes e queijos). Os médicos indicam dois copos de leite desnatado e uma fatia de queijo branco por dia.

Consuma verduras de folhas escuras, como brócolis, espinafre e couve, evite carne vermelha, refrigerante, café e sal, e exponha-se ao sol de forma moderada. Os raios ultravioletas sobre a pele estimulam a produção de vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio pelo organismo. Bastam 20 a 30 minutos de sol por dia, antes das 10h e após 16h. Não fume e evite o consumo excessivo de álcool.

Independente da idade inicie um programa de exercícios (pode ser caminhada ou musculação, por exemplo). Entre outras vantagens, ajuda a fortalecer os músculos, a melhorar o equilíbrio e os reflexos, evitando as quedas. As mulheres que entraram na menopausa devem consultar um médico para começar um tratamento especial.

Obstáculos como móveis, tapetes soltos e pouca iluminação, podem facilitar quedas e, consequentemente, provocar fraturas em pessoas com osteoporose. E por último, mas não menos importante, procure deixar a casa mais segura para a locomoção. É impressionante o número de idosos que sofrem acidentes em casa. Então, saiba que: 

  • na cama, é importante que a pessoa sentada consiga apoiar os pés no chão, evitando assim, a hipotensão postural (tonturas);

  • a mesa de cabeceira deve ser 10 cm mais alta do que a cama e com bordas arredondadas. Se possível, fixe-a no chão ou na parede, evitando que se desloque caso a pessoa precise apoiar-se nela;

  • sempre que possível, instale os interruptores de luz próximos à cama, ou adote um abajur; prefira pisos antiderrapantes para áreas molhadas (como box e corredores); evite tapetes soltos e prefira os de borracha e antiderrapantes;

  • o corrimão das escadas deve ter altura média de 80 cm e os degraus devem ser marcados com fitas antiderrapantes. (Fonte: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)

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