A Secretaria estadual de Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira, (13/03), a Operação Espoliador que tem o objetivo de cumprir mandados de prisão contra foragidos da Justiça por crimes de roubo, em todas as suas modalidades; de latrocínio (roubo seguido de morte) a receptação. As investidas irão continuar em todo o estado.
Ontem, no primeiro dia das investidas, foram mobilizados mais de 700 policiais civis das delegacias dos Departamentos-Gerais de Polícia da Capital (DGPC), da Baixada (DGPB), do Interior (DGPI), Especializadas (DGPE), de Homicídios (DGHPP) e de delegacias legais do Grande Rio e do interior. Até o início da tarde, mais de 400 mandados de prisão já haviam sido cumpridos. A operação recebeu o nome “Espoliador”, uma alusão aqueles a criminosos que usurpam e saqueiam.
“Nossos policiais foram para as ruas nos primeiros minutos da manhã (desta quinta-feira, 13) para prender criminosos que aterrorizam nossa população com roubos, latrocínios e receptação. Essa é uma ação estratégica para desarticular organizações que lucram com a violência e o medo. Sabemos que muitas dessas quadrilhas estão diretamente ligadas ao narcotráfico, que não apenas vende drogas, mas também fomenta outros crimes para ampliar seus lucros. Não daremos trégua ao crime. Seguiremos reforçando o trabalho das forças de segurança, investindo em inteligência e combatendo, com rigor, aqueles que insistem em desafiar a ordem e ameaçar a paz dos cidadãos fluminenses”, declarou o governador Cláudio Castro.
Os mandados de prisão expedidos pela Justiça são decorrentes de inquéritos policiais. As investigações apontam que boa parte dos roubos praticados são fomentados por narcotraficantes que não somente realizam a venda de drogas em comunidades, como exploram o território das mais diferentes formas.
Para aumentar o lucro, as organizações criminosas também emprestam armas e auxiliam em todo processo logístico para a execução de outros delitos, como roubo de cargas, de veículos, a transeuntes, a residências, a instituições financeiras e a estabelecimentos comerciais. Os recursos oriundos das atividades ilícitas fomentam as disputas territoriais, bem como financiam a “caixinha” das quadrilhas.
A Polícia Civil vem realizando um trabalho contínuo contra as organizações criminosas. Dados de investigação e de inteligência mostram que uma dessas facções, por exemplo, é responsável por cerca de 80% de roubos de veículos e 90% dos roubos de cargas na capital e na Região Metropolitana.
Durante a Operação Espoliador, a Sepol visa atacar toda a cadeia criminosa, desde os líderes das quadrilhas, passando pelos colaboradores, executores e receptadores. Estes últimos, responsáveis por estimular as práticas delituosas. “Nossa meta é tirar o maior número possível de criminosos das ruas do Estado do Rio de Janeiro e também seus receptadores. Iremos banir essa cadeia criminosa que atormenta nossa população”, sustentou o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi.
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