O fim do ano está chegando e a recuperação dos empregos começa a aumentar. Nova Friburgo encerrou setembro com quatro dos cinco setores avaliados pelas Estatísticas Mensais do Emprego Formal, do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Governo Federal, com positividade na geração de empregos. Esse resultado é o inverso do que aconteceu no mês anterior, agosto, que teve apenas o setor de Serviços com mais admissão que demissão.
No total, Nova Friburgo teve 219 vagas abertas em setembro. Um aumento de 235% em relação a agosto, quando foram registrados mais 93 postos de trabalho no município. Em setembro, o único setor com fechamento de vagas foi a agropecuária, com menos duas vagas, resultado de dez desligamentos e oito admissões no mês. Serviços foi novamente o setor que mais abriu vagas, com resultado positivo de 120. Foram 625 contratações e 505 demissões. A construção vem em segundo lugar com mais 42 postos de trabalho, resultado de 70 admissões e 24 desligamentos.
A indústria friburguense começa a recuperar o fôlego e a abrir vagas de trabalho depois de meses com fechamentos. Foram 42 novos postos no setor, com 459 demissões e 417 admissões. E o Comércio fechou o mês de setembro com 13 vagas a mais, resultado de 573 contratações e 560 demissões.
Comparado com o mesmo mês de 2021, houve queda na geração de empregos: em setembro de 2021 foram mais 290 postos e no mesmo mês de 2022, mais 219. No mês de setembro do ano passado todos os setores registraram aumento nos postos de trabalho. O setor com maior diferença no número de geração de empregos foi o Comércio, que em setembro de 2021 teve o saldo positivo de 73 e no mesmo mês desse ano, 13 novas vagas.
Em um ano, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, o saldo de geração de empregos de Nova Friburgo é positivo, com 1.076 novas vagas. No acumulado de 2022, entre janeiro e setembro, o município criou mais 1.032 vagas, impulsionado pelo setor de Serviços, com mais 1.460. Já a indústria registra o acumulado de 2022 com menos 676 postos de trabalho. A construção é o segundo setor que mais gerou emprego esse ano, registrando mais 155 vagas. A terceira colocação ficou com o comércio, registrando mais 96 novos postos de trabalho. A agropecuária é outro setor que está negativamente na geração de empregos neste ano, com menos três postos.
Em todo o ano passado, a Indústria foi a maior geradora de empregos em Nova Friburgo, com 977 novas vagas. Em segundo lugar, vem o setor de Serviços, com 943 novos postos. O Comércio ficou em terceiro lugar, criando mais 462 vagas formais e a Construção Civil fechou 2021 com 76 novos postos de trabalho. A Agropecuária foi o único setor que fechou o ano com resultado negativo de menos três vagas formais.
Estado criou mais de 220 mil empregos em um ano
Os dados do Caged também mostraram que o Estado do Rio de Janeiro manteve resultado positivo na geração de empregos em setembro, com a criação de 15.382 postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo do estado é de 220.312 empregos criados.
De acordo com o Governo do Estado do Rio, a análise do Novo Caged, feita pelo Observatório do Trabalho da Secretaria estadual de Trabalho e Renda, identificou que nos primeiros nove meses deste ano, o estado registrou a criação de 168.345 empregos formais, número 26,1% maior que igual período de 2021.
Entre os setores de atividade econômica, Serviços e Construção foram os que mais impulsionaram as contratações. Juntos, foram responsáveis pela criação de 10.252 empregos. O Comércio e a Indústria também apresentaram resultados positivos e uma participação significativa na empregabilidade: criaram, respectivamente, 3.475 e 2.291 novos postos de emprego formal.
Na análise mensal, também foi verificada a divisão por gênero, que mostrou que os homens ocuparam 60% das posições de trabalho e as mulheres, 40%.
Por idade, o maior saldo de vagas ficou entre os jovens de 18 a 24 anos e, por escolaridade, a maioria dos postos de trabalho foi ocupada por pessoas com ensino médio completo.
Contratações no comércio impulsionadas pelas festas de fim de ano
Pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) aponta que 61,8% dos empresários do setor devem contratar trabalhadores nos últimos meses do ano. Desses, 42,4% afirmaram que vão fazer admissões em novembro e 37,3% em dezembro. A pesquisa, feita pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) entre os últimos dias 4 e 7, com 912 estabelecimentos do comércio, mostra ainda que, para 40,2% dos empresários, os temporários devem ser todos ou quase todos aproveitados até janeiro de 2023, e 29,9% do comércio deve aproveitá-los em seus quadros até dezembro deste ano. O salário de cada contratado temporariamente ficará em torno de R $ 1.437.
Cerca de 21% dos empresários entrevistados ainda não sabem se vão contratar, enquanto 16,9% não vão aproveitar esses trabalhadores. A pesquisa mostra também que 59,1% dos empresários apresentaram como o principal motivo para não contratar os temporários já ter um número de funcionários suficiente. Custo operacional elevado e as incertezas da economia também foram mencionados por 18,2%, cada um.
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