Multicampeão, Júlio Gomes tenta expandir o Mountainboard

Atleta de 48 anos incentiva e dissemina a modalidade em Nova Friburgo
quinta-feira, 17 de março de 2022
por Vinicius Gastin
Talento também com as plantas
Talento também com as plantas

Jardineiro e paisagista, ele não é talentoso apenas quando o assunto é desenhar e cuidar das mais diversas paisagens. A natureza também presenteia o jardineiro, paisagista e operador de moto serra, Júlio Gomes, com a possibilidade de aliar velocidade, equilíbrio e habilidade sobre duas rodas. Multicampeão da modalidade Mountainboard, o atleta de 48 anos tenta multiplicar a sensação que classifica como “libertadora” e disseminar a prática deste esporte.

“É uma modalidade bastante ligada à natureza, indicada para pessoas dos 7 aos 70 anos. Meu único objetivo é divulgar esse esporte aqui na serra, e já estou acumulando patrocínios para realizar um evento aqui. Quem tiver interessado em aprender e praticar, é algo bem simples. A pessoa percebe toda a naturalidade deste esporte integrada ao ambiente”, garante.

Júlio começou a praticar em 2007, se apaixonou e foi atrás de conhecimento sobre a história do esporte. Conheceu nomes como Paulo Solon, em Visconde de Mauá, precursor brasileiro desta prática, com quem aprendeu sobre teoria e prática. A modalidade surgiu no início dos anos 1990, na Califórnia, nos EUA. Na época do degelo, os praticantes de esportes como o snowboarding,  procuraram algo semelhante para seguirem praticando.

 A trajetória de Gomes inclui a participação em três edições de campeonatos brasileiros da modalidade, conquistando um terceiro lugar e uma primeira colocação na categoria surf de rua. Foi também terceiro colocado no nacional de 2014. Encantado com o que vivia nas competições, levou o mountainboard para os distritos de Lumiar e São Pedro da Serra em 2015, construindo pistas paralelas na estrada São Pedro-Santo Antônio com mais de 15 incursões durante o percurso de descida de três quilômetros.

Um pouco mais sobre o esporte

O mountainboard é um esporte em que os atletas descem montanhas com um skate adaptado. Criado na Califórnia, no Brasil ele ganha cada vez mais espaço entre os amantes do skate e outras modalidades. Uma das versões para o surgimento da categoria seria de uma ideia entre alguns amigos que queriam se divertir nas montanhas sem neve e fora da época do inverno.

O esporte foi criado em São Francisco, na Califórnia, em 1993, por Patrick McConnell e Jason Lee, na época com 28 e 24 anos, respectivamente, que queriam um esporte tão radical quanto o snowboarding, mas que não precisasse ser praticado na neve e somente no inverno.

Usando a teoria do snowboarding, mas aplicada a terrenos com terra, desenvolveram a primeira mountainboard e fundaram a primeira fábrica. A novidade se espalhou, e skatistas, surfistas e snowboarders começaram a experimentar e a praticar. Existe outra versão de que, para satisfazer a cabeça em dias de mar sem ondas, surfistas havaianos inventaram o mountainboard, um off-road que mistura sensações de surf, snowboard e skate.

Hoje em dia, as pranchas usam tecnologia de ponta, com materiais de fibra de carbono, materiais mais resistentes e leves, até desenvolveram um sistema de freios que facilita o aprendizado e a prática do esporte. No Brasil esse esporte ainda é pouco conhecido, embora existam lugares considerados ideais para a prática desse esporte. Em Nova Friburgo, o relevo repleto de montanhas, trilhas e ladeiras torna o ambiente amplamente favorável. O mountainboard pode ser praticado em qualquer tipo de terreno e, para isso, basta estar devidamente equipado.

Por ser um esporte radical, há a exigência de equipamentos básicos de segurança, à exemplo de calça ou bermuda com proteção lateral (Pads), luvas, capacete, joelheira, cotoveleira e, de preferência, tênis reforçado ou de cano longo.

 

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