Moda íntima foi o setor que mais gerou empregos em março

Constatação é da plataforma Retratos Regionais, da Firjan
quinta-feira, 13 de maio de 2021
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Renata Mello)
(Foto: Renata Mello)

Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), através da plataforma Retratos Regionais, e divulgado nesta semana, mostra que o setor de confecção de roupas íntimas foi o que mais criou vagas de trabalho em março deste ano em Nova Friburgo. Foram 109 contratações. Em seguida, aparece o comércio de artigos de vestuário e acessórios, com abertura de 54 vagas e, em terceiro lugar, o de confecção de roupas (exceto roupas íntimas), com 36 novas vagas no município.

A plataforma também reúne dados por grandes segmentos. Neste item, o setor de confecções também aparece na primeira colocação de geração de empregos, com 147 vagas. Já o comércio varejista gerou 68 vagas, ficando em segundo lugar e a Educação ocupa a terceira colocação com 41 vagas criadas em Nova Friburgo.

Mais de mil empregos gerados nas indústrias do Centro-Norte 

Ainda segundo a plataforma Retratos Regionais, o setor de confecções criou 771 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano no Centro-Norte fluminense. Com isso, o segmento lidera o processo de crescimento econômico da região. A plataforma revela também que a indústria criou 1.061 vagas de trabalho de janeiro a março, enquanto o setor de serviços registrou mais 183 vagas e o comércio abriu 167 novas oportunidades para trabalhadores na região. 

Quanto as medidas mais restritivas de combate à pandemia adotadas a partir de março, principalmente em Nova Friburgo, onde as empresas tiveram que funcionar em dias alternados para evitar aglomerações, o segmento de confecções ampliou seu quadro de funcionários para atender o aumento de demanda em maio e junho, devido ao Dia das Mães e o Dia dos Namorados, consideradas as principais datas para vendas de seus produtos. Segundo a Firjan, apesar do saldo positivo em três meses consecutivos, o setor ainda não conseguiu recuperar todas as vagas perdidas no entre março e julho do ano passado.

A construção civil, com mais 129 vagas, e a fabricação de produtos de metal, com a ampliação de 97 postos de trabalho, também impulsionaram a geração de empregos no Centro-Norte fluminense. Já o setor produtivo de alimentos registrou mais demissões do que contratações no período, com um saldo negativo de 41 postos de trabalho.

Nova Friburgo concentrou a maior parte dos postos de trabalho criados na indústria: foram mais 863 vagas entre janeiro e março, seguido por Bom Jardim, com 90 novas vagas, Cachoeiras de Macacu, com 34 e Cantagalo, que abriu 33 novos postos de trabalho. Na outra ponta, Macuco foi o único município a apresentar saldo negativo: menos 33 vagas.

“É provável que em abril, quando houve um período maior de restrições, haja uma redução na velocidade de recuperação. Mas entendemos que essa velocidade é mais constante, uma vez que boa parte das interrupções já não acontece mais. A tendência hoje é que tenhamos uma normalização nas contratações nos próximos meses”, disse o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

Números no Estado 

O Estado do Rio de Janeiro seguiu a tendência de alta e registrou a abertura de 3.033 postos de trabalho, tornando-se o segundo maior estado contratante neste que foi o terceiro mês consecutivo de mais admissões do que demissões no país. A tendência de alta se repetiu em todos os demais grandes setores: serviços, com mais 7.595 vagas, comércio  criando mais 2.270, e agropecuária com mais 199 empregos, num total de 13.097 novos postos de trabalhos formais em todo o estado.

No setor de indústria, a construção civil teve mais 1.164 vagas; manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, mais 762 e confecção de artigos do vestuário e acessórios, mais 510 vagas, impulsionando a geração de empregos. No saldo geral de vagas abertas, 74 dos 92 municípios fluminenses apresentaram geração líquida de emprego formal em março de 2021, frente a apenas 31 cidades que estavam contratando um ano antes, quando eclodiu a pandemia no país. 

Entre as regiões com melhor recuperação no setor industrial em março deste ano está o Norte fluminense, com 1.118 novas vagas  – a maior parte na construção civil, com 849 novos postos. Outro destaque foi a região Sul do estado, com mais 867 vagas. A capital fluminense foi a terceira maior contratante na indústria em março com 504 novos postos de trabalho, com destaque para a confecção de artigos do vestuário e acessórios criando 239 vagas de emprego.

 

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