Nova Friburgo está entre as cidades fluminenses que mais apura as denúncias e responsabiliza os infratores. O trabalho conjunto da Subsecretaria Municipal do Bem-Estar Animal (Ssubea) e Polícia Civil resultou, em um ano, em três prisões por maus-tratos contra animais e 60 boletins de ocorrência. Nestes três primeiros meses de 2023, já são 1.040 casos investigados e quatro boletins de ocorrência registrados na 151ªDP.
Infelizmente, dados inéditos divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, em 2022, foram registrados 252 casos de crueldade contra animais e maus-tratos contra animais silvestres em todo o Estado do Rio de Janeiro. Os maiores agressores foram os próprios tutores (68,7%) e a residência foi o local de maior ocorrência, com 54% do total. Ao analisar as ocorrências por local de registro, é possível identificar que a maior parte foi feita na 42ª Delegacia de Polícia Civil (Recreio), na Zona Oeste da capital, seguida pela 110ª DP (Teresópolis) e 151ª DP (Nova Friburgo).
Segundo Elisângela Rodrigues, subsecretária da Ssubea, o grande número de registros de maus-tratos na polícia se deve à confiança da população no trabalho de proteção que vem sendo desenvolvido pela pasta. “Isso é uma demonstração de que a população local leva o nosso trabalho a sério e que nós conseguimos, junto à delegacia de Polícia Civil, não só fiscalizar como também levar à luz da Justiça os casos comprovados de maus-tratos. Toda denúncia é bem-vinda e nós vamos em cada caso verificar a sua veracidade”, conta a subsecretária.
É importante ressaltar que maltratar animais domésticos ou silvestres é crime. De acordo com artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (lei 9.605/98), quem pratica ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais pode ser punido com reclusão entre quatro e cinco anos, e multa.
Denúncias podem ser realizadas pelo e-mail ssubea021@gmail.com ou diretamente na sede da Ssubea, na Avenida Alberto Braune, 223, na antiga Rodoviária Leopoldina, de segunda à sexta-feira.
Guarda responsável
Por essas e outras, a adoção de um animal, por se tratar de um ser vivo, é coisa séria e requer guarda responsável. Ou seja, implica comprometimento do tutor em atender as necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu animal, fornecendo abrigo, alimentação adequada, higiene, afeto, exercícios, vacinação, vermifugação, tratamento médico-veterinário, realização do controle populacional, restrição da mobilidade, respeito a suas peculiaridades e necessidades.
Requisitos para adotar um animal
Quando a pessoa adota um animal tem que lembrar que está adquirindo uma vida, se atentando às suas necessidades físicas, fisiológicas e afetivas. A seguir, informações importantes para adotar um animal:
-
Cães e gatos vivem, em média, 15 anos. Você deve estar preparado para cuidar dele durante todo esse tempo;
-
Sua unidade familiar deve estar de acordo quanto a conviver com um animal de estimação;
-
Você deve conhecer as necessidades, temperamento e tamanho do animal na fase adulta;
-
Você deve ser capaz de pagar todas as despesas com alimentação, vacinação, vermifugação e cuidados veterinários;
-
Você deve ter tempo disponível para passear, brincar, dar carinho e atenção para o seu novo amigo;
-
Você deve refletir se possui o espaço apropriado;
-
Animais não são filhotes por toda vida, eles crescem, envelhecem e adoecem. Você deve estar preparado para cuidar deles nos momentos mais difíceis;
-
Em vez de comprar, adote. Assim você ajuda os animais abandonados e não estimula o comércio indiscriminado.
Cuidados básicos para uma boa convivência
-
Procure estimular a interação do seu filhote com outros animais e seres humanos desde a segunda semana de vida. Dessa forma será evitada a agressividade e o medo;
-
Vacine, vermifugue e utilize produtos específicos contra pulgas e carrapatos regularmente, conforme orientação do médico veterinário;
-
Castre o animal, independentemente de ser fêmea ou macho, para evitar crias indesejadas e tumores do aparelho reprodutor e de mama;
-
Não abandone o seu animal em viagens ou mudanças. Não deixe seus pets sozinhos em casa por longos períodos;
-
Em viagens, leve sempre a carteira de vacinação atualizada e o atestado de saúde animal. Eles devem viajar no banco traseiro, em caixas de transporte ou presos a cintos de segurança específicos. Não esqueça de parar a cada duas ou quatro horas para oferecer água e para que o animal urine;
-
Ofereça refeições de boa qualidade e água fresca, sempre em recipientes limpos. Utilize rações específicas para cada espécie, idade e a quantidade necessária;
-
Disponha ao animal um espaço amplo e limpo, protegido do sol, da chuva e do vento. Nunca prenda o animal a correntes;
-
Preserve a higiene do animal, por meio de banhos e escovações, conforme orientação do médico veterinário;
-
Passeie com seu cão todos os dias, usando coleira e guia. Jamais solte o animal na rua;
-
Informe-se para identificar seu animal com plaqueta e microchip.
Benefícios para a saúde
-
Bons companheiros: eles são graciosos e bons companheiros, mas não apenas isso. Animais de estimação fazem bem à saúde. Várias pesquisas já demonstraram o poder que esses “amigos” têm para melhorar a qualidade de vida;
-
Animal de estimação reduz o estresse: um estudo feito pela Universidade Estadual de Nova York mostrou que os bichos de estimação são ótimas companhias para combater o estresse;
-
Pet diminui a depressão: a tristeza também vai embora com mais facilidade para as pessoas que têm animais. Diversas pesquisas já mostraram que essa convivência reduz a sensação de solidão, ansiedade e a depressão;
-
Bicho em casa faz cair o risco de alergias em crianças: muitos pais podem escolher não ter um animal em casa para evitar que os filhos desenvolvam alergias. Mas estudos feitos por um pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison mostraram que as chances de uma criança ter esse tipo de problema são 33% menores com um bicho de estimação. Isso porque, com a convivência, os pequenos desenvolvem um sistema imunológico mais forte;
-
Animal em casa faz bem para o coração: além do amor, os cães, gatos e outros pets ajudam de outra forma o coração dos donos. Segundo pesquisas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, o colesterol e o nível de triglicérides. Consequentemente, servem de prevenção contra ataques do coração e outras doenças cardiovasculares;
-
Cães podem detectar hipoglicemia: segundo um estudo conduzido pela Universidade Belfast do Queens, na Irlanda, e pela Universidade de Lincoln, na Inglaterra, diabéticos ou outras pessoas que têm bruscas quedas de níveis de açúcar no sangue podem treinar seus cães para ajudar a evitar crises de hipoglicemia. A pesquisa indica que cachorros seriam capazes de detectar uma redução do índice glicêmico, ao perceber sinais diferentes de comportamento, que o dono pode não perceber, e ao sentir a liberação de feromônios por meio do suor. Ainda não há uma conclusão fechada sobre o tema, mas um método a mais para prevenir o problema seria bem-vindo;
-
Cachorros ajudam no emagrecimento: passear com o cachorro é bom para ele e para o dono. As caminhadas com o pet são boas para manter e perder peso. (Com informações do site ibram.df.gov.br e exame.com)
Deixe o seu comentário