Entidades representativas do comércio manifestaram sua surpresa com comunicado feito pela Prefeitura sobre interdição durante duas semanas de parte da Avenida Alberto Braune para realização de eventos, entre eles a Festa da Cerveja, que está programada para o período de 20 a 23 de outubro. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio), Braulio Rezende, afirmou ao prefeito Johnny Maycon e ao secretário de Turismo e Marketing da Cidade, Renan Alves, que compreende a promoção de eventos como ferramenta apta a produzir benefícios para Nova Friburgo, mas acredita que o bloqueio da principal artéria do Centro, no trecho que vai da Rua Comandante Ribeiro de Barros à Rua Duque de Caxias, por tanto tempo, prejudicará o movimento das lojas e causará tumulto no trânsito. Braulio revelou que não houve consulta prévia ao comércio, importante setor econômico do município que será diretamente afetado pela medida.
“A secretaria de Turismo planejou tudo sem avisar nossas entidades, que mantêm canal de diálogo sempre aberto com o governo, em prol de Nova Friburgo. Queremos deixar claro que não nos posicionamos contra a Festa da Cerveja nem contra qualquer evento, desde que não altere demais a rotina da cidade. Não temos dúvida de que fechar uma avenida primordial como a Alberto Braune, de 16 de outubro a 1º de novembro, como pretende a Prefeitura, provocará perdas ao comércio e aborrecimentos à população”, salientou.
Júlio Cordeiro, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf), disse entender que o governo municipal deva discutir já a adoção de um local permanente para eventos, considerando a capacidade pertinente de atender a público, veículos etc. Assim como Braulio, ele se queixou de que as entidades do comércio não foram ouvidas antes de a Prefeitura definir a interdição da Avenida Alberto Braune.
“Bloquear a principal via de Nova Friburgo por 15 dias, ainda que parcialmente, trará ao centro financeiro e comercial da cidade transtornos impactantes em acesso, com dimensões incalculáveis. No comércio, corremos risco de esvaziamento pela falta de disposição do cidadão para circular. No transporte coletivo, milhares de passageiros demorarão muito mais para chegar no seu destino”, ressaltou Júlio Cordeiro.
Em conversa com o prefeito e em ofício ao secretário de Turismo, Braulio Rezende lembrou que a Festa da Cerveja aconteceu com sucesso em governos anteriores, em espaços mais apropriados. Na opinião do presidente da CDL e do Sincomércio, não existe justificativa para a escolha da faixa em frente à Prefeitura, que sequer conta com estacionamento, para abrigar eventos.
“Pensamos que, se confirmada naquele ponto, mesmo alcançando seu objetivo de incrementar o turismo, a Festa da Cerveja criará sérios problemas para o cotidiano dos moradores, para o trânsito e, consequentemente, para a economia do município”, concluiu Braulio.
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